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Nova bateria veicular promete 650 km de autonomia e carga completa em 15 minutos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 27 de Junho de 2022 às 11h37

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Reprodução/QuantumScape
Reprodução/QuantumScape

Pesquisadores da startup QuantumScape, nos Estados Unidos, afirmam ter desenvolvido uma bateria de estado sólido que permite que veículos elétricos percorram quase 650 quilômetros com uma única carga. Além disso, essa célula de energia poderia ser recarregada em apenas 15 minutos.

Segundo seus criadores, essa tecnologia pode começar a ser implantada em automóveis fabricados pelas montadoras Audi e Volkswagen em 2024, aproximando o tempo de carregamento desses veículos eletrificados dos sistemas convencionais usados para encher um tanque de gasolina.

“Nossas baterias de estado sólido carregam de 10% a 80% de sua capacidade máxima em no máximo 15 minutos, podendo passar por esse processo de carga e descarga por quase mil vezes sem perder sua eficiência energética”, explica o diretor de marketing da empresa Asim Hussain.

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Pé atrás

Baterias de estado sólido não dependem da mistura convencional de produtos químicos — como ocorre nas células de íons de lítio — para funcionar. Isso faz com que elas se tornem menos propensas a pegar fogo, além de acumular mais energia na mesma quantidade de espaço.

O problema é que esse tipo de bateria também tem algumas desvantagens, como o fato de serem difíceis de ser reproduzidas com a mesma eficiência longe dos laboratórios. Outro fator é que essas baterias precisam “respirar” e expandir, tornando a manipulação dessa pressão quase impossível de ser replicada fora de um ambiente controlado.

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“Há desafios em como você traduz a densidade de energia demonstrada em uma célula testada em laboratório para uma bateria maior, que possa ser utilizada em aplicações práticas, como em um veículo elétrico. Atualmente, existem limitações físicas para reproduzir essa densidade de energia”, acrescenta o professor de engenharia eletroquímica do MIT Yang Shao-Horn.

Estado sólido

Embora as baterias de estado sólido sejam a principal aposta das montadoras para fabricar veículos elétricos mais eficientes, que percorram distâncias maiores e carreguem em uma fração do tempo gasto atualmente, os especialistas são céticos quanto a afirmação de que essas células possam equipar os carros daqui a dois ou três anos.

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A principal preocupação é quanto a segurança desses dispositivos, já que ao dobrar a densidade energética das baterias ocorre um aumento considerável na quantidade de eletricidade circulando pelo sistema, o que pode ampliar os risco de vazamento de material volátil e altamente inflamável.

“As montadoras parecem estar convencidas de que as baterias de estado sólido são o futuro do veículo elétrico. Mas essa tecnologia ainda está em sua infância, e muito trabalho ainda precisa ser feito até que possamos abandonar completamente as células de íons de lítio”, encerra o diretor do grupo de estratégias de baterias da Nissan Yoshiaki Nitta.