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Hands-on | Primeiro híbrido da Volkswagen, Golf GTE é arisco e econômico

Por| 14 de Novembro de 2019 às 11h33

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Felipe Ribeiro/ Canaltech
Felipe Ribeiro/ Canaltech
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Para quem nasceu nos anos 80/90, o Golf sempre foi sonho de consumo de boa parte dos jovens por ver nele a imagem da performance e da esportividade. Eis que um dos mais icônicos carros da Volkswagen foi a cobaia da montadora para entrar no universo da eletrificação: o Golf GTE é o primeiro carro híbrido da fabricante.

Em evento realizado pela marca alemã para alguns influenciadores nesta semana, no Guarujá/SP, o Canaltech teve a chance de provar o automóvel durante alguns momentos, tanto na estrada quanto no circuito urbano, e vai contar as primeiras impressões sobre ele para vocês agora. Apertem os cintos e vamos nessa!

Híbrido arisco

O Golf GTE inaugura a ofensiva da Volkswagen no universo da mobilidade elétrica. O carro, que é um híbrido plugin, ou seja, pode ter a bateria carregada na tomada, tem dois motores: um a combustão de 1.4 TSI com 150 cv e outro elétrico de 75 kW (102cv). Combinados, oferecem potência de 150 kW (204 cv), acoplados a um câmbio automático de seis velocidades. Se o motor elétrico for a única fonte de força de propulsão, o Golf GTE pode atingir velocidades de até 130 km/h.

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Os mais puristas vão perguntar: mas e o GTI? Bem, ele não será mais vendido no Brasil, mas o GTE se comporta com a mesma esportividade do seu antecessor, com a vantagem de ser muito mais econômico e de ter o torque de 35,7 kgfm aparecendo quase que instantaneamente por conta da aliança entre o motor convencional turbo e o elétrico. Durante nossos testes, que foram feitos em grande parte na Rodovia Imigrantes, que dá acesso ao litoral paulista, pudemos perceber que ele ganha velocidade muito rapidamente e, graças ao seu centro de gravidade baixo, o Golf GTE fica mais no chão e com dirigibilidade mais precisa e segura, como o verdadeiro esportivo que é.

Pudemos ver, também, como funciona o sistema híbrido da Volkswagen. Como citamos acima, o Golf GTE é um híbrido plugin, mas pode ser carregado de outra maneira. Ao deixar o carro na marcha B (Break Force), que nada mais é uma frenagem motora regenerativa, o sistema passa a carregar a bateria e aumentar a autonomia do motor elétrico.

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O curioso é que, diferente dos demais híbridos que temos no mercado, o funcionamento desse recurso se assemelha mais ao que vimos nos carros elétricos, como o BMW i3 e o Chevrolet Bolt — ao tirar o pé do acelerador, o carro frena "sozinho", ao contrário de apenas desacelerar como estamos acostumados com os carros tradicionais.

Outro diferencial do Golf GTE é seu sistema elétrico, que tem autonomia de 50 quilômetros a uma velocidade máxima de 130km/h. Segundo a proposta da Volkswagen, é possível ir dos bairros aos centros urbanos todos os dias da semana utilizando a carga de uma bateria por dia. Sua autonomia total, incluindo o motor elétrico e o motor a gasolina, ultrapassa 900 km, com a Volkswagen dizendo que, em certas condições, o Golf GTE pode fazer mais de 60km/l. No trajeto do teste, que foi majoritariamente de estrada livre, beiramos os 13km/l. Na cidade, a média subia mais, para a casa dos 17km/l. Para efeito de comparação, o Toyota Prius chega a fazer 20km/l na cidade.

Menção honrosa: Modo GTE

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Aqui, o bicho pega. Nesse modo, o motor 1.4 TSI e o motor elétrico trabalham juntos para transformar o Golf GTE em um esportivo nato. Suas potências são combinadas e o motorista tem 204 cv e 35,7 kgfm à disposição. Durante os testes, sentimos toda a potência dos motores, que, aliados aos roncos simulados dentro da cabine, deram uma sensação única de esportividade e adrenalina. O consumo, claro, vai para o espaço neste modo.

Bom nível de conectividade

A Volkswagen tem acertado a mão do seu pacote de conectividade desde o lançamento do Polo. Os principais sistemas são acionados de forma rápida e são sempre visualizados ã seja no painel de instrumentos, totalmente digital ou no sistema "Infotainment" com tela de 9,2 polegadas sensível ao toque, que mostra as funções como monitor de autonomia, mostrador de fluxo de energia e estatísticas de emissão zero.

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Além de todos esses mostradores, o veículo conta com compatibilidade para Android Auto e Apple Car Play, ar condicionado digital, GPS nativo, sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, identificador de limite de velocidade, acionamento eletrônico do freio de mão, além dos importantes sistemas de controle de estabilidade e tração.

O Park Assist, presente até em modelos inferiores como o T-Cross, não está entre os itens de conforto, assim como os assistentes de colisão, mudança de faixa e alerta de ponto cego. Coisas que, para um carro de R$ 200 mil, fazem muita falta.

6 elétricos e híbridos até 2023

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A Volkswagen tem uma estratégia robusta para a eletrificação na América Latina: serão seis carros elétricos e híbridos até 2023. O Golf GTE é o primeiro dessa ofensiva e o 14º lançamento dos 20 previstos até 2020 dentro da estratégia da montadora alemã.

Preço e disponibilidade

O Golf GTE estará disponível em três concessionárias da marca, em regiões estratégicas (Brasília, São Paulo e Curitiba) e de alto volume para esse produto, com preço sugerido de R$ 199.990, com pacote fechado de equipamentos e sem opcionais.