Governo prevê investimentos de R$ 100 bi no setor automotivo do Brasil
Por Paulo Amaral | Editado por Jones Oliveira | 13 de Fevereiro de 2024 às 13h30
A indústria automotiva brasileira deverá receber um total de R$ 100 bilhões em investimentos até 2028 ou 2029. A revelação foi feita por Geraldo Alckmin, vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), durante o podcast Bom Dia, Ministro, da última quarta-feira (7).
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"A Anfavea estima investimentos de R$ 100 bi no Brasil, é recorde. Isso é bom porque ela tem uma cadeia longa: quando se fabricam automóveis, consome-se aço, vidro, couro. Gera muito emprego e agrega muito valor”, resumiu Alckmin.
De acordo com o ministro, o investimento é mais do que o dobro do que a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), por meio do presidente da entidade, Márcio de Lima, havia projetado dias antes — em torno de R$ 41,2 bilhões.
Os aportes incluem não apenas lançamentos de novos modelos de carros, mas também na modernização das frotas de ônibus e caminhões, desenvolvimento de motores e construção de fábricas.
“Na reunião que tive com representantes da Anfavea, foi anunciada a expectativa de um total de R$ 100 bilhões nos próximos anos, provavelmente até 2028 ou 2029. Tanto em veículos leves como pesados, como ônibus e caminhões. Tanto em motores à combustão como etanol, total flex, híbridos e elétricos”.
Fabricantes terão segurança, diz Alckmin
Para o vice-presidente da República, a volta dos investimentos das fabricantes de carros no Brasil tem uma razão principal: a segurança. Alckmin citou que o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover) e a queda da taxa Selic, que “deverá se manter” serão importantes para a retomada da economia, e revelou uma novidade que certamente agradou aos fabricantes: o Marco de Garantia.
O Marco de Garantia, de acordo com o ministro, foi aprovado pelo Congresso Nacional e visa, como o nome diz, dar uma “garantia” maior a quem vende um bem, seja ele um imóvel ou um automóvel. “Se vende um carro e a pessoa não paga, agora com o Marco de Garantia pode-se pegar o carro de volta”, sintetizou Alckmin.