GM oferece até carro 0km em programa de demissão em SP
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira | •
A General Motors (GM) ainda não desistiu de desinchar seu quadro de funcionários e, para isso, caprichou no pacote preparado para uma nova rodada do PDV (Programa de Demissão Voluntária) em três fábricas de São Paulo — São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes.
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Depois de ser obrigada a rever a demissão de mais de 1.000 funcionários por conta da decisão do Tribunal Regional do Trabalho da 15ª Região e do Tribunal Superior do Trabalho (TST), a montadora resolveu melhorar a proposta do PDV, que foi aceita pelo Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região no dia 1º, e vale para todas as plantas da GM.
Segundo Renato Almeida, secretário-geral do sindicato, o órgão é contra qualquer fechamento de postos de trabalho, mas o programa de demissão voluntária, com as alternativas que foram apresentadas, é uma opção a ser considerada.
“O PDV já era uma pauta nossa como alternativa às demissões arbitrárias que chegaram a ser feitas pela GM. O PDV, entretanto, não coloca um ponto final na luta em defesa dos empregos. Estaremos atentos a qualquer movimentação da empresa no sentido de realizar novos cortes”, avisou.
Quais as propostas do PDV da GM?
De acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, o período de adesão ao PDV teve início nesta terça-feira (5) e valerá até o dia 12 de dezembro. Se alguém optar por não aderir, terá estabilidade no emprego, ou seja, não poderá ser demitido até 3 de maio de 2024.
As propostas do PDV da GM são as seguintes:
- Trabalhadores com 1 a 6 anos de fábrica: 6 meses de salário, adicional de R$ 15 mil e plano médico por 3 meses (ou R$ 6 mil);
- Trabalhadores com 7 ou mais anos de fábrica: 5 meses de salário, um carro Onix Hatch LS (ou R$ 85 mil) e plano médico por 6 meses (ou R$ 12 mil).
Vale lembrar que a proposta do PDV é para benefícios extras, que serão pagos além das verbas rescisórias previstas em lei. Além disso, de acordo com a General Motors, para cada adesão ao PDV de trabalhadores ativos nas fábricas, um que esteja de licença remunerada será reincorporado ao quadro.
A GM espera a adesão de uma boa parcela dos funcionários para desinchar a folha de pagamentos. A planta de São José dos Campos, que conta com 4.000 colaboradores, é a que mais preocupa, e a montadora conta com a saída de pelo menos 840 funcionários do quadro até o fim do ano.