5 motivos para não comprar a Fiat Titano
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A Fiat Titano chegou ao Brasil cercada de expectativas. Afinal, a marca italiana sonhava há tempos em colocar no mercado nacional uma picape média capaz de bater de frente com as maiores expoentes do segmento — Chevrolet S10, Ford Ranger e, principalmente, Toyota Hilux.
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A (longa) espera, porém, não fez jus ao barulho criado em torno da caminhonete, que não apresentou atributos suficientes para ameaçar nenhuma das três líderes do segmento até agora.
Há problemas no projeto, na dirigibilidade e até na lista de equipamentos que precisam ser sanados se a Fiat realmente quiser colocar a Titano em patamar de igualdade com as rivais. Com isso em mente, veja 5 motivos para não comprar a picape média da Stellantis.
5. Projeto velho com nome novo
O primeiro motivo para não comprar a Titano é que a picape não é um carro novo. Como assim? A gente explica. Se você arrancar o enorme logotipo escrito FIAT da grade dianteira da Titano e, no lugar dele, colocar o leão que simboliza a Peugeot, passará a ser proprietário de uma Peugeot Landtrek. E isso não é piada.
Apresentada ao mundo em 2020, a Landtrek, que nasceu em parceria com a chinesa Changan, estava programada para vir ao Brasil com a marca francesa, mas os planos mudaram com a criação da Stellantis. A Fiat, então, pegou o projeto antigo, trocou o logotipo e “criou” a TItano, um projeto velho com nova roupagem.
4. Painel de instrumentos analógico
Como explicamos no primeiro motivo, a Fiat Titano é uma reinvenção da Peugeot Landtrek, e isso se aplica também ao design interno da picape média, inclusive aos equipamentos.
Causou estranheza ver um painel analógico gigantesco, com pequenos mostradores digitais ao centro, contrastando com o que vimos em rivais como a Chevrolet S10, que já adotaram equipamentos digitais.
3. Consumo de combustível
O consumo de combustível da Fiat Titano também entra na lista de motivos para não comprar a caminhonete da marca italiana do Grupo Stellantis, pois, apesar de utilizar diesel em seu motor 2.2 turbo de 180 cv de potência e 40,8 kgf/m de torque, ela “bebeu” mais do que o esperado.
Segundo as aferições oficiais do Inmetro, a Fiat Titano consome, em condições ideais, 9,2 km/l na estrada. Nos testes com o Canaltech, porém, mesmo com a caçamba vazia, não conseguimos ultrapassar a casa dos 8,1 km/l.
2. Dirigibilidade
O principal motivo entre os 5 que podem levar o consumidor a não comprar a Fiat Titano diz respeito à dirigibilidade. O projeto, como dissemos, é dos chineses da Changan e, no caso da picape média, eles erraram feio a mão, pelo menos no que diz respeito à calibração da suspensão dianteira.
O motorista sente, e muito, todas as imperfeições das ruas e avenidas, independentemente da velocidade da picape. Isso faz com que uma simples ida à farmácia ou à padaria se torne extremamente desconfortável, já que a sensação é de estar sentado em um touro mecânico, e não em uma caminhonete de mais de R$ 200 mil.
1. Preço
Encerrando a lista de 5 motivos para não comprar a Fiat Titano está, justamente, o preço. Apesar de, à primeira vista, ele ser competitivo em relação às principais concorrentes, a picape média da marca italiana está bem abaixo das demais em muitos aspectos.
Por isso, desembolsar R$ 259.990 na versão Ranch, testada pelo Canaltech, ou até mesmo R$ 219.990 na Endurance, que abre a linha, pode não ser uma boa. A não ser que o picapeiro “raiz”, que sente saudade das primeiras gerações da Chevrolet S10 e da Toyota Hilux não se incomode em andar constantemente como se estivesse em terrenos off-road.