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BMW aposta que carro a hidrogênio será mais popular que o elétrico

Por| Editado por Jones Oliveira | 20 de Outubro de 2022 às 11h00

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Divulgação/BMW
Divulgação/BMW
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A BMW foi uma das primeiras montadoras do mundo a apostar que o carro elétrico se tornaria tendência. Agora, mostra de novo a veia pioneira ao levantar a bandeira sobre um propulsor que, na visão da marca alemã, tem tudo para superar até mesmo o segmento de eletrificados: o motor a hidrogênio.

Oliver Zipse, presidente da BMW AG, conversou com o pessoal da Bloomberg a respeito do assunto, e confessou que, embora hoje o carro com motor a hidrogênio seja tratado por um nicho muito diminuto, o cenário tem tudo para mudar em um curto espaço de tempo.

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“Depois do carro elétrico, que existe há cerca de 10 anos e está crescendo rapidamente, a próxima tendência será o hidrogênio. Quando for mais acessível, o carro a hidrogênio será a coisa mais moderna para se dirigir”, apostou.

A fabricante alemã “flerta” com o hidrogênio desde 2005. Na ocasião, fabricou 100 veículos chamados Hydrogen 7, que usavam o combustível para alimentar os motores V2. O iX5 Hydrogen, carro-conceito com este trem de força, foi desenvolvido e apresentado no Salão do Automóvel da Alemanha, em 2021.

Em agosto de 2022, começou a trabalhar na produção de células de combustível para o utilitário. E a marca quer dar passos maiores até o fim do ano. O executivo revelou na entrevista para a Bloomberg que tem planos de iniciar a versão de produção do iX5 a hidrogênio, e que as primeiras 100 unidades poderão ser entregues a parceiros selecionados na Europa, Ásia e Estados Unidos.

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Propulsor único é “perigoso”, segundo BMW

A ideia de investir pesado em carros movidos a hidrogênio paralelamente ao avanço do segmento de elétricos e eletrificados tem justificativa. Segundo a BMW, com a iminente proibição da produção e venda de carros movidos a combustão, manter o mercado com uma única opção de trem de força pode ser algo “perigoso”.

“Dizer no Reino Unido por volta de 2030 ou no Reino Unido e na Europa em 2035, haverá apenas um trem de força, isso é uma coisa perigosa. Para os clientes, para a indústria, para o emprego, para o clima. De todos os ângulos que você olha, esse é um caminho perigoso a seguir.”
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A intenção de investir em carros movidos a hidrogênio da BMW é tão forte que até mesmo Torsten Müller-Ötvös, CEO da Rolls-Royce, abriu a possibilidade de a marca de luxo, ainda novata no ramo de elétricos, também integre o segmento no futuro.

“Para abrigar, digamos, baterias de células de combustível: por que não? Eu não descartaria isso. Há uma crença no grupo que esse pode ser o futuro a longo prazo”, resumiu Torsten, que recentemente apresentou ao mundo o Spectre, primeiro carro elétrico da Roils-Royce.