Astra é a primeira empresa de lançamentos espaciais a abrir ações na Nasdaq
Por Felipe Gugelmin | Editado por Claudio Yuge | 01 de Julho de 2021 às 19h50
Especializada em fornecer plataformas de lançamento espaciais para operadoras de satélite de pequeno porte, a Astra fez história nesta quinta-feira (1º). A empresa se tornou a primeira da categoria a abrir suas ações na bolsa eletrônica Nasdaq, movimento possibilitado por meio da fusão com a Holicity, grupo de aquisição de propósito (SPAC) que conta com investimentos de nomes como Bill Gates por meio do fundo de patrocínio Pendrell Corp.
- Comitê propõe novo limite para a exposição de astronautas à radiação espacial
- Didi Global, dona da 99, levanta US$ 4,4 bilhões em estreia na Bolsa de NY
- Nubank busca bancos para auxiliar seu IPO em bolsa de valores dos Estados Unidos
“Estamos honrados pela oportunidade de ter acionistas públicos agora para dar suporte a nossa missão, e acredito que esse é um momento realmente histórico”, afirmou o CEO Chris Kemp ao site Space.com. Avaliada em US$ 2,1 bilhões, a companhia conseguiu levantar aproximadamente US$ 500 milhões, que devem ser usados para financiar seus futuros projetos.
Como parte da abertura das ações, a Astra planeja algumas mudanças em seu quadro de executivos. Craig McCaw, presidente e CEO da Holicity, vai ser juntar à lista de diretores ao lado de Michael Lehmon, que trabalhava como CFO da Sun Microsystems.
Voos comerciais devem começar ainda em 2021
A Astra foi fundada em 2016 e pretende ser uma opção de lançamento espacial flexível e com bom custo-benefício para operadoras de satélite com estrutura limitada. A empresa fez seu primeiro voo bem-sucedido em dezembro de 2020 com o foguete Rocket 3.2 de 12 metros, que acabou esgotando seu combustível segundos antes de atingir a velocidade orbital.
Segundo o Space.com, a companhia trabalhou em alguns ajustes que resultaram no foguete Rocket 3.3, e espera que eles sejam suficientes para compensar as limitações do teste anterior. O plano da organização é realizar um novo lançamento ainda no verão norte-americano (entre julho e setembro), usando seu veículo com procedimento em duas fases, para finalmente atingir a velocidade orbital e realizar uma missão totalmente operacional.
Caso os planos da Astra ocorram conforme o esperado, ela pretende começar suas atividades comerciais ainda no terceiro trimestre de 2021. A meta é realizar ao menos um voo mensal em sua etapa inicial, para em seguida acelerar os trabalhos para um ritmo semanal, e, finalmente, diário, até 2025. A companhia já possui mais de 50 contratos em andamento, que devem movimentar mais de US$ 150 milhões, segundo suas projeções de lançamento.
Fonte: Space.com, Astra/Businesswire