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Ações da Tesla caem após confirmação de que empresa continuaria na Bolsa

Por| 27 de Agosto de 2018 às 16h18

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The Drive
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No primeiro dia útil após a Tesla desistir de deixar a bolsa de valores, as ações da companhia operam em queda de 5%, com papéis sendo negociados a US$ 309. Tudo porque, na última sexta-feira (24), o CEO Elon Musk informou que havia desistido de fechar o capital da companhia.

Em nota oficial, ele disse que conversou com vários acionistas e consultorias para desistir da ideia. “Dado o retorno que eu recebi, aparentemente, a maioria dos acionistas da Tesla acredita que é melhor a companhia continuar pública”, informa. Ainda, ele pontuou que parte do conjunto teria problemas internos com as suas empresas para justificar uma compra maior de ações da Tesla, fazendo com que a companhia tivesse que colocar mais verba inda para se fechar. “Embora a maioria dos acionistas com quem eu conversei tenha dito que ficaria com a Tesla se fechássemos o capital, o sentimento, em resumo, era ‘por favor, não faça isso’”, conta.

Este parece o fim da tentativa fracassada de Musk de retirar a companhia da bolsa de valores, contudo, a crise pela qual passa a Tesla pode continuar com as ações em baixa.

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Um tweet e uma bola de neve

Todo o caso começou em 7 de agosto, quando o Musk publicou em seu perfil pessoal no Twitter que estava considerando fechar o capital da Tesla. As ações da companhia, então, subiram 6%, de cerca de US$ 340 para casa dos US$ 370 – quase US$ 30 a mais.

Com isso, a Securities and Exchange Comission (SEC), órgão americano regulador da bolsa, passou a investigar a companhia — que ainda segue em momento de estudos sobre esta movimentação.

A proposta era de retirar a empresa da bolsa de valores e elevar as ações da companhia a US$ 420 cada, aumento na casa de 22% em relação à cotação do início da ideia. Semanas depois, ele informou, agora em post oficial no site da Tesla, que a movimentação já estava encaminhada e deveria ser financiada pelo Fundo Soberano Saudita, o qual já detinha 5% da Tesla.

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Embora Musk não confirme, fontes internas da negociação disseram que o fundo saudita se mostrou menos interessado no fechamento do capital da empresa, o que teria sido a principal motivação para que Musk desistisse do processo.

O CEO ainda teria tentado propor negociações com a Volkswagen, contudo, a mesa diretora não concordou com a ideia, acreditando que a fabricante alemã poderia querer interferir demais no processo de criação da Tesla.

Em resumo, a companhia não somente saiu desta tentativa com ações em queda, como também teve sua imagem abalada, além de estar sob investigação do SEC. Na semana passada, circularam rumores na bolsa de que a companhia estaria passando por um processo de falência, negado por Musk. Tais informações criaram um sentimento de medo de fornecedores da indústria automobilística.

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A Tesla ficou tão arranhada com este caso que chegou a contratar uma empresa de contenção de crise. Contudo, problemas financeiros permanecem, não somente para sua imagem, mas também em relação a gestão e questões financeiras. Exemplos disso partem dos problemas em atingir o marco de produção de 5 mil Model 3 por semana no início do ano até o registro de forte prejuízo no segundo trimestre, com perda de de US$ 717,5 milhões. Soma-se a isso o fato de que a companhia continua sendo investigada pelo SEC. Caso o órgão chegue à conclusão de que o anúncio extraoficial de Musk foi uma manobra para fazer elevar as ações da Tesla na bolsa, o que é ilegal, a companhia pode receber uma multa milionária — e aí a bola de neve correria ladeira abaixo.

Fonte: Telegraph, Tesla