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Startup brasileira de soluções ambientais com blockchain recebe US$ 10 milhões

Por| Editado por Claudio Yuge | 03 de Fevereiro de 2022 às 15h20

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CIAT/NeilPalmer
CIAT/NeilPalmer

A climatech brasileira de soluções ambientais com blockchain Moss.earth acaba de receber um investimento de US$ 10 milhões. A rodada Série A foi liderada pela SP Ventures e pela Acre Venture Partners, além de ter participação da Jive Investments, da Flori Ventures (Celo) e da The Craftory.

Esse é o terceiro investimento conquistado pela climatech. Em 2020, a startup coletou US$ 1,6 milhão em rodada liderada pela Pfeffer Capital em junho e US$ 1,8 milhão em ação liderada pela The Craftory em novembro. Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss, conta que a demanda corporativa e da sociedade para compensação de emissões aumentou com as mudanças climáticas.

Ele aponta que o uso de blockchain é uma vantagem competitiva da empresa. “Queremos causar no setor ambiental global o mesmo impacto que, por exemplo, o Uber teve no segmento de transporte ou o Airbnb no de hospedagem.”

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E parece que tem dado certo: a startup registrou crescimento de três dígitos por mês em 2021 e já tem mais de 200 clientes. Entre eles estão Hering, Gol Linhas Aéreas, Amaro, Bionexo, iFood, Arezzo, e as gestoras de investimento SkyBridge e One River Asset Management, ambas dos EUA.

Luis Felipe Adaime, fundador e CEO da Moss, diz que a empresa quer emitir e distribuir de NFTs terrestres da Amazônia e atuar na certificação digital de trabalho ambiental. “Com nossa equipe de especialistas em blockchain, queremos fazer a contabilidade ambiental e tornar a geração de ativos mais barata, rápida e conveniente”, explica.

Conservação da floresta

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Fundada em março de 2020, a Moss quer digitalizar e transformar o sistema global de serviços ambientais com blockchain. A empresa atua na tokenização de créditos de carbono da floresta amazônica: corporações e pessoas físicas já adquiriram mais de US$ 26 milhões em créditos de carbono nos últimos 18 meses – a maior quantidade de recursos privados já enviados para conservação na região.

A vinculação do crédito de carbono ao blockchain ocorre por meio do MCO2 e permite o rastreamento digital de projetos de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal. O MCO2 é o primeiro criptoativo do tipo da América Latina presente em grandes corretoras, como Coinbase e Gemini, bem como na rede Celo.

Alex Bondar, da Acre Venture Partners, aponta que a Moss ajuda a reduzir o atrito entre a geração de ativos ambientais e a demanda reprimida das empresas e do consumidor por soluções climáticas práticas. “Estamos impressionados com a capacidade da Moss de digitalizar a cadeia de valor do carbono”, diz ele.

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As mudanças climáticas são uma grande ameaça existencial à economia agrícola da América Latina. Francisco Jardim, fundador e CEO da SP Ventures, diz que não conhece nenhuma organização no planeta com o potencial da Moss “para criar os incentivos econômicos necessários para a transição para uma agricultura descarbonizada e conservar as florestas e os habitats da vida selvagem da região”.

No Mercado Bitcoin, os tokens MCO2 têm chamado a atenção. “Eles atraem o público interessado em contribuir para a preservação da biodiversidade e a mitigação das mudanças climáticas”, destaca Fabricio Tota, diretor de novos negócios da plataforma.