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Por que os aviões não seguem a rota mais curta?

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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Artur Voznenko/Unsplash/CC
Artur Voznenko/Unsplash/CC

Todo mundo aprende desde cedo que a distância mais curta entre dois pontos é uma linha reta, certo? Por que, então, os pilotos de aviões não seguem a rota mais curta em seus planos de voo? Ou melhor: por que os aviões não voam em linha reta, de um ponto “A” para um ponto “B”?

A resposta para esta pergunta pode desagradar a quem tem certeza de que a Terra é plana. Para começar a explicar o porquê de os aviões não voarem em linha reta, o primeiro ponto é justamente esse: Porque a Terra é redonda.

Geometria

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Polêmica à parte com quem defende a teoria do Terraplanismo, o segundo ponto a ser abordado em relação à pergunta sobre os aviões não seguirem a rota mais curta é baseado no chamado caminho geodésico.

Para quem não sabe, o caminho mais curto entre dois vértices é chamado de geodésico, e essa rota em curva, comum tanto na aviação como na navegação, conhecida como geodésica, é o que explica a rota dos aviões.

O pessoal do site Melhores Destinos conseguiu ilustrar essa explicação mostrando dois mapas - um em duas dimensões e outro no Globo terrestre. Ambos projetando uma rota simulando um voo entre Nova York, nos Estados Unidos, e Madri, na Espanha.

Observando o mapa em duas dimensões, parece claro que bastaria voar em linha reta para sair de um ponto e chegar ao outro, certo? Apesar disso, o avião, ao cumprir essa rota, faz a curva ilustrada na figura acima. Por que?

A resposta é a que já dissemos. Porque o mundo não tem apenas duas dimensões. Olhando para o Globo (abaixo), é possível ver que o avião usa a tal rota geodésica. Ela é, na verdade, a mais curta possível dentro de uma curvatura, mas não a mais reta.

Segurança também explica

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Além do fato de a Terra não ser plana e, por isso, responder quase por completo à questão sobre porque os aviões não seguem a rota mais curta, há ainda mais um ponto importante a ser considerado.

A resposta está na segurança, principalmente em voos mais longos. Ao estabelecerem as rotas de voos, as empresas costumam procurar por caminhos com o maior número de aeroportos entre a origem e o destino. Por que? Para poder pousar o avião em casos de emergência.

Esse procedimento é chamado de certificado ETOPS (Extended Twin Engine Operations). Ele define que, para um voo com certificado de 120 minutos, a distância máxima do ponto de saída para um próximo aeroporto não pode exceder esse tempo.

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Há de se considerar também outros fatores, que vão desde possíveis restrições nos espaços aéreos que liguem "em uma reta" o ponto de saída ao de destino, condições de temperatura e pressão e, até mesmo, um critério conhecido como jato.

O jato em questão não é aquele que se refere a um tipo de avião e sim às correntes de ar que se formam perto do topo da troposfera, camada mais baixa da atmosfera da Terra. Como elas podem alcançar até 400 km/h, quanto mais forem evitadas pelos aviões em suas rotas, mais segurança para os voos.

Com informações: Melhores Destinos