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Gigantes japonesas se unem para criar novo avião supersônico de passageiros

Por  • Editado por Jones Oliveira | 

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twenty20photos/ Envato
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Há um novo movimento no setor aéreo para a volta das aeronaves supersônicas, e isso está se espalhando pelo mundo. Dessa vez, um conjunto de grandes empresas japonesas se uniram ao governo local para criar a iniciativa Japan Supersonic Research, que vai buscar soluções e alternativas para a criação de um novo avião de passageiros que possa voar mais rápido do que o som.

O "Concorde Japonês", caso seja mesmo concebido, terá como criadores uma série de empresas e agências que já trabalham, de certo modo, com a aviação. Casos da IHI, Mitsubishi, Kawasaki, Subaru e a Japan Aircraft Development. Para dar uma força, o governo do Japão alocou a Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), que já tem projetos supersônicos em andamento.

Segundo publicação da agência Nikkei, o projeto pode criar novas oportunidades para a indústria aeroespacial do Japão, que agora se limita principalmente à construção de asas e fuselagens para grandes fabricantes de aeronaves, como Boeing e Airbus. A criação de um único centro de pesquisa pode permitir que as empresas nipônicas não apenas definam uma direção para essa nova tecnologia, mas também aumentem suas margens de lucro.

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Como cada um pode ajudar?

A Kawasaki Heavy tem instalações de grande escala que podem medir o impacto do vento no chassi de uma aeronave e o ruído produzido, e a empresa planeja alavancar os pontos fortes do Japão em tecnologia ambientalmente amigável, um desafio no desenvolvimento de jatos. Já a IHI pode melhorar a eficiência de combustível dos motores das aeronaves, isso em conjunto com a JAXA.

E por falar na agência japonesa, além de auxiliar com a eficiência de combustível, ela já reúne trabalhos para diminuir o estrondo causado pela passagem da barreira do som, um problema para as aeronaves supersônicas, algo bem parecido com o que a NASA já executa, em parceria com a fabricante Lockheed. Para quem não se lembra, o Concorde era proibido de voar no modo supersônico no continente e podia apenas executar essa super velocidade sobre o oceano.

Tudo ainda está muito no início, mas, se a Japan Supersonic Research quiser mesmo competir com empresas de outros países que já estão com projetos mais adiantados, terá de correr. Vale lembrar que, nos Estados Unidos, a Boom Supersonics já efetuou a venda de algumas unidades do seu vindouro avião supersônico para a United Airlines, além de já ter amarrado negócios com outras companhias, como a própria Japan Airlines, que investiu pesado no desenvolvimento da startup.

Fonte: Nikkei, Jaxa