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Embraer apresenta “jatos do futuro” movidos a células de hidrogênio

Por| Editado por Jones Oliveira | 16 de Dezembro de 2022 às 09h00

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Divulgação/Embraer
Divulgação/Embraer

O hidrogênio como combustível está se tornando cada vez mais uma realidade, e não apenas entre as montadoras de carros, como Toyota e Honda, que já divulgaram investimentos na nova tecnologia. Na aviação, depois da Airbus ter apresentado seu primeiro motor movido a hidrogênio, chegou a hora da Embraer.

A Empresa Brasileira de Aeronáutica apresentou, neste início de dezembro, a sequência do chamado “Projeto Energia”. Desta vez, quatro aviões, batizados de “jatos do futuro”, foram as novidades anunciadas. Todos com capacidade variando entre 19 e 30 ocupantes e propulsores movidos a energia limpa.

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Os jatos do futuro fazem parte do planejamento da Embraer de zerar as emissões de poluentes na indústria da aviação até 2050. Segundo a empresa, os dois projetos de propulsores (híbrido-elétrico e hidrogênio-elétrico) oferecem um caminho tecnicamente realista e viável para alcançar a neutralidade dentro do prazo estabelecido.

“Estabelecemos metas ousadas, mas realistas, para que esses conceitos cheguem ao mercado. Desde que anunciamos nossos conceitos de Energia no ano passado, estivemos ocupados avaliando diferentes arquiteturas e sistemas de propulsão. As plataformas de aeronaves menores serão produzidas primeiro porque podemos aplicar essas novas tecnologias mais rapidamente do que nas aeronaves maiores", afirmou Arjan Meijer, presidente e CEO da Embraer Aviação.

Luis Carlos Affonso, vice-presidente sênior de engenharia, tecnologia e estratégia corporativa da Embraer, reforçou que em menos de 25 anos as aeronaves já reduziram bastante o nível de emissões e reforçou a confiança no sucesso do Projeto Energia: “Embora os desafios sejam significativos, estou convencido de que o net-zero é uma meta que podemos alcançar”.

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Como serão os “jatos do futuro” da Embraer

Os quatro aviões apresentados pela Embraer serão movidos a energia limpa, sendo que dois terão propulsores híbridos-elétricos e dois hidrogênio-elétricos. Independentemente da motorização, os jatos do futuro precisarão ter estrutura para voar a 30 mil pés de altitude e suportar temperaturas de até - 60ºC.

Os aviões E19-HE e E30-HE terão propulsão híbrida-elétrica paralela e prometem alcançar até 90% de redução de emissões de CO2 ao usar SAF. Já os chamados E19-H2FC e E30-H2FC, que serão produzidos com propulsão elétrica a hidrogênio, terão emissão zero de CO2 na atmosfera. Todos terão motores montados na traseira, mas os movidos a células de combustível contarão com asas mais longas. Desta forma, será possível proteger as hélices e as células de combustível.

A ideia da Embraer é que as aeronaves híbrido-elétricas possam estar prontas até 2030. A previsão para que os aviões movidos a com propulsores a hidrogênio comecem a cruzar os céus, porém, é mais longa: 2035.

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