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Tinder vai parar de cobrar mais caro de pessoas mais velhas por recursos extras

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 08 de Fevereiro de 2022 às 13h58

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Mika Baumeister/Unsplash
Mika Baumeister/Unsplash
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O Tinder não cobrará taxas diferenciadas dos usuários com mais idade para uso do serviço premium do aplicativo de relacionamento. Uma pesquisa feita pela plataforma constatou que a reclamação principal das pessoas era sobre a diferença de valores praticados entre os mais novos e os mais velhos.

Segundo um relatório produzido pela Mozilla e Consumers International, os preços do Tinder+ podem sofrer até 65,3% de diferença entre os mais jovens (18 a 29 anos) e os usuários com idades entre 30 e 49 anos. A pesquisa avaliou as inscrições de pessoas em seis países (Estados Unidos, Holanda, Nova Zelândia, Coreia do Sul, Índia e Brasil) para chegar a essa conclusão — apenas no Brasil não foi constada a diferença de valores.

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O Tinder+ oferece acesso a recursos exclusivos como curtidas ilimitadas e mais destaque no perfil, mas a cobrança baseada na idade é fonte de controvérsia por ser vista como discriminatória. A justificativa do Match Group, criador do app, era que os mais jovens não teriam condições de pagar quantias maiores, por serem estudantes ou profissionais em início de carreira. A prática, contudo, já foi alvo de ações coletivas em alguns países por não conter respaldo jurídico.

Embora o serviço já tenha prometido acabar com a prática em algumas áreas, como na região da Califórnia, nos Estados Unidos, onde uma das ações coletivas foi originada, a diferença na cobrança ainda persiste. Na Nova Zelândia, foram encontradas 25 faixas de preços diferentes: o menor valor foi US$ 4,95 e o maior US$ 24,54. Já na Holanda, a variação é ainda maior e chega a 31 valores distintos, com quantias que vão de US$ 4,45 a US$ 25,95.

Prática é considerada discriminatória

Desta vez, o Tinder garante que abandonará completamente os preços baseados na idade. Em um post publicado no site oficial, os desenvolvedores garantiram ter encerrado a prática nos Estados Unidos, Austrália e Reino Unido, mas que planeja acabar com isso para todos os membros nos mercados em que a plataforma está presente até o final do segundo trimestre de 2022.

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No Brasil, há precedentes legais do Código de Defesa do Consumidor que impedem a cobrança de preços diferentes para clientes de um mesmo serviço baseado em idade, aparência, classe social ou quaisquer outros requisitos discriminatórios. Talvez seja por essa razão que tal prática não foi identificada aqui.

A companhia criticou o relatório da Consumers International e classificou-o como "profundamente falho" e com "alegações falsas e ultrajantes". Em entrevista concedida ao site Engadget, o porta-voz não especificou quais seriam os problemas no levantamento, mas acrescentou que os testes internos de preços podem ter impactado nas descobertas do usuário. Além disso, ressaltou que os preços de assinatura são menores se feitos diretamente no site do Tinder, em vez de usar o serviço pela App Store ou Play Store, já que nestes casos incidem as taxas de comissões da Apple e Google.

Por fim, o Match Group diz que pretende oferecer mais serviços à la carte, em vez de assinaturas que agrupam vários recursos nem sempre aproveitados por todos. Outra ideia que pode começar a dar resultado é a introdução do recurso de moedas, que permite a aquisição de itens únicos.

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Fonte: Tinder, Engadget, Consumers International