Tinder muda abordagem com denúncias de assédio e terá checagem de antecedentes

O Tinder deu um novo passo em termos de segurança dos usuários e lançará uma série de melhorias para o app, previstas para serem disponibilizadas nos próximos meses. A iniciativa foi resultado de uma parceria contínua do Tinder com a RAINN (Rede Nacional de Assistência a Vítimas de Estupro, Abuso e Incesto dos Estados Unidos), organização sem fins lucrativos contra agressão sexual, para desenvolver um melhor suporte a sobreviventes de abuso e assédio.

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Entre os novos recursos está o sistema de verificação de antecedentes de violência dos matches, feito em parceria com a Garbo, uma organização sem fins lucrativos na qual a plataforma investiu em março de 2021. Entretanto, como a ONG opera apenas nos Estados Unidos (EUA), o recurso provavelmente não estará disponível no exterior.

O aplicativo também fornecerá treinamento interno à equipe de atendimento sobre o tratamento de relatos de abusos e assédios graves, para educar o time responsável pela assistência e fornecer um apoio mais sensibilizado para melhorar a experiência dos usuários na plataforma.

"Ao adotar práticas de apoio que envolvam o melhor entendimento dos traumas, o Tinder estará melhor posicionado para apoiar os membros que possam ter sofrido danos e tomar medidas mais rápidas e transparentes em relação aos assediadores", disse a vice-presidente de serviços de consultoria da RAINN, Clara Kim.

A plataforma também informou que um “meio mais direto” de denunciar outros usuários será implementado no aplicativo e oferecerá aos membros a opção de acompanhar o status das queixas em tempo real, para entender sobre as medidas tomadas em relação a elas.

E para atender casos mais sensíveis e pessoas que não se sintam à vontade em fazer uma queixa na central de suporte comum, o app criou o Tinder Safety Center, canal alternativo e seguro com suporte 24h.

“Nossos membros estão confiando em nós com uma parte incrivelmente sensível e vulnerável de suas vidas, e acreditamos que temos a responsabilidade de apoiá-los em todas as partes desta jornada, inclusive quando eles têm experiências ruins dentro e fora do aplicativo”, disse a vice-presidente de Segurança e Advocacia Social do Tinder e Match Group, Tracey Breeden, em um comunicado sobre as mudanças.

No Brasil, vítimas de assédio sexual podem recorrer Disque 100, serviço de assistência que apura violações aos direitos humanos e faz o encaminhamento para os serviços de proteção e auxílio psicológico adequados. O serviço funciona diariamente, 24 horas por dia (incluindo sábados, domingos e feriados) e as ligações podem ser feitas de todo o Brasil por meio de discagem gratuita de aparelho fixo ou móvel.

Fonte: Tinder