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Indo além de Android e iOS: conheça 10 sistemas operacionais mobile alternativos

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 29 de Maio de 2021 às 10h00

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Christian Wiediger/Unsplash
Christian Wiediger/Unsplash

A clássica pergunta “prefere Android ou iOS?” reforça uma característica importante do momento atual da indústria dos smartphones: apenas duas companhias, gigantes em suas propostas, dominam o segmento de sistemas operacionais no mercado mobile, disputando usuários diretamente um com o outro.

Os mais ligados ao segmento devem se lembrar que nem sempre a disputa ficou entre dois grandes sistemas operacionais. Anos atrás, softwares como o Windows Phone brilhavam na terceira posição (especialmente no Brasil), enquanto a indústria se desenvolvia. Engolidas com o crescimento do Google e Apple, as concorrentes foram deixadas para trás no mercado e suas tentativas foram, como no caso da Microsoft, abandonadas.

Ainda assim, algumas alternativas não deixaram de existir e, surpreendentemente, até nasceram diante da disputa tão acirrada — "pensando fora da caixinha", por assim dizer. Por isso, o Canaltech reuniu opções menos conhecidas que constroem a própria comunidade, normalmente composta por pessoas com usos específicos para o celular e que não querem se sujeitar às decisões das gigantes do topo da briga.

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1. LineageOS

Uma das soluções mais próximas do Android do Google, mas comandada por uma equipe independente, é o LineageOS. Ele é uma distribuição Android, mas a proposta alternativa garante a ele algo que o Android não tem: suporte a longo prazo, um sistema aberto para a própria base de usuários e, não menos importante, simplicidade.

Instalar o LineageOS é uma tarefa um tanto complicada, mas qualquer pessoa com conhecimento na área de informática pode aprender e replicar no próprio aparelho. O sistema, por sua vez, é em código aberto (assim como o Android) e a própria comunidade atua como um reforço para mantê-lo brilhando a cada atualização.

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2. /e/

Apesar do nome incomum, o /e/ carrega mais semelhanças com o sistemas convencionais do que se imagina. Dotado de uma abordagem semelhante ao LineageOS, este sistema tira você "das garras" da fabricante do aparelho para proporcionar longevidade e liberdade — nesse caso, em um nível ainda mais profundo: livre até mesmo do Google.

O sistema substitui o Google Services e afins por soluções próprias e, de quebra, promete não monitorar nem vender seus dados para anunciantes. Ademais, o que há de app nativo do /e/ tende a ser alternativas “mais abertas possíveis” — ou seja, aplicativos tão transparentes quanto o SO.

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A instalação é um tanto mais complicada e, no processo, você obviamente abre mão dos serviços que precisam do Google Services para rodar. Apesar disso, existem até aparelhos vendidos com o /e/ direto da caixa.

3. GrapheneOS

O GrapheneOS é outro exemplo de sistema baseado no Android, construído sobre pilares de liberdade e privacidade longe do controle do Google. Este é outro “Android sem o Google” reconstruído praticamente do zero, sem qualquer vestígio do Google Services.

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Aqui, a ideia é dar o controle total do dispositivo ao usuário — quase como se fosse um computador. A perda dos aplicativos mais populares também acontece aqui, mas há uma limitação pontual que o distancia dos brasileiros: o SO tem suporte oficial exclusivamente para smartphones da linha Pixel, do Google — por mais irônico que isso possa parecer.

4. KaiOS

Talvez uma das alternativas mais populares, o KaiOS é pensado para ser simples e embarcar celulares igualmente básicos. Se lembra da época de celulares flip? A experiência é quase a mesma, entretanto atualizada. E o Canaltech já experimentou em algumas das análises em vídeo.

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Sim, tem o WhatsApp, assim como outras aplicações básicas e fundamentais para uma experiência “completinha” em um celular. Contudo, o Google está em peso aqui: Assistente, Mapa, YouTube e outros aplicativos podem ser acessados rapidamente, então não é uma alternativa totalmente paralela da gigante.

5. PureOS

Agora, indo para cantos ainda mais desconhecidos, o PureOS é uma solução ainda mais distante do Google — até mesmo do Android, nesse caso. PureOS é uma alternativa da Purism, companhia situada em San Francisco, EUA, que desenvolve soluções em computação, incluindo hardware e sistemas operacionais.

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O PureOS é como uma versão reduzida do sistema de mesmo nome destinado ao desktop (e, assim como o Android, construído sobre o kernel Linux), mas reduzido ao escopo de um smartphone. A maturidade do SO para PC colabora com a acessibilidade da solução mobile, mas ele está longe de ser tão fácil de utilizar quanto derivações do Android.

A Purism vende celulares com o PureOS instalado direto da caixa e o foco em privacidade é evidente — com interruptores para bloquear câmera, Wi-Fi e microfone, por exemplo. Contudo, recursos básicos como o app de câmera e adaptações para a telinha acabam deixando a desejar.

6. Ubuntu Touch

Uma das mais antigas alternativas construídas em Linux para smartphones é o Ubuntu Touch. Esse sistema operacional chamou a atenção devido à popularidade da sua versão completa do PC e, graças ao envolvimento da equipe original nos primeiros momentos, ele é uma fiel adaptação do projeto original.

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Hoje, quem toma conta do projeto é a UBports Foundation. Visualmente, o sistema é extremamente parecido com o Ubuntu para desktop — convertendo as barras laterais para menus baseados em gestos, o que é uma solução interessantíssima. Há um grande apelo para animações de transição e, obviamente, às cores do SO original.

7. Plasma Mobile

Assim como os sistemas anteriores, o Plasma Mobile também é uma derivação de um SO para desktop (conhecido somente como Plasma). Ele herda algumas características comuns das demais interfaces para celular — barra superior, tela de alternância de aplicativos e botões de navegação na barra inferior.

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O que ele sofre, no entanto, é na otimização. O canal especializado The Linux Experiment conta que a solução é interessante e familiar, fácil de se adaptar, mas peca no desempenho e fluidez. Animações, abertura e troca de apps são bem lentas e dão várias engasgadas em alguns cenários, por isso estão o Plasma pode não ser tão eficiente para o uso diário.

8. PostmarketOS

Um sistema operacional pensado para durar 10 anos, este é o PostmarketOS. O SO oferece um lugar para descansar, sem muitos desafios, aos celulares largados sem atualizações pelas próprias fabricantes enquanto ainda funcionam perfeitamente.

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O kernel Linux também compõe o “esqueleto” do PostmarketOS, mas a plataforma foi adaptada para telas sensíveis ao toque. Também há celulares embarcados com o PostmarketOS logo da caixa.

9. SailfishOS

Construído sobre o pilar da privacidade, o SailfishOS é uma das alternativas mais maduras que existem nesse segmento. Equipado com uma interface com animações caprichadas e menus fáceis de compreender, o software é mais uma solução viável para reviver aparelhos antigos ou, quem sabe, ser utilizado no celular principal.

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O melhor do SailfishOS, por sua vez, está no suporte aos aplicativos Android — e não se confunda: este sistema operacional não é construído sobre o código do SO do robozinho, mas é compatível com o ecossistema de apps do Google. Boa parte dos aplicativos da Play Store podem rodar por aqui — o que soma muitos pontos para ele em termos de acessibilidade.

10. Sirin OS

A melhor alternativa para os fissurados em criptomoedas é o Sirin OS. O foco em segurança máxima e a presença do serviço Token Conversion Service o coloca em posição de vantagem com as moedas digitais, permitindo que o usuário faça trocas a partir dele automaticamente.

Neste caso, os aplicativos podem vir da loja do Android e também há aparelhos que vêm com o Sirin OS direto da caixa. É um sistema de nicho e para um uso bem específico, contudo é extremamente coerente com sua proposta e, se as limitações não importarem, pode ser uma solução para o dia a dia.

Menção honrosa: Fuchsia OS

Apontado como um possível substituto de Android, ChromeOS e CastOS, o Fuchsia está em desenvolvimento por anos nos escritórios do Google. O sistema foi revelado em 2016 e, apesar de estar guardado a sete chaves pela gigante, novidades sobre a construção dele pipocaram ao longo dos anos.

Atualmente, sabe-se que ele será compatível com aplicativos Android (provavelmente, até no PC), que ele será incorporado de forma íntima ao ecossistema Google e que também estará presente em dispositivos inteligentes espalhados pela casa — recentemente, inclusive, ele estreou em um dispositivo.

Embora não tenha sido muito revelador, o lançamento do sistema aconteceu em maio de 2021, embarcando a primeira geração do Nest Hub — a tela inteligente do Google. Pouquíssimas coisas mudaram no aparelho graças ao Flutter, kit de desenvolvimento de interfaces da companhia, mas as engrenagens do software que rege o aparelho já são oficialmente do Fuchsia.

Não se sabe, porém, quando o Fuchsia OS será lançado, tampouco qual é o real plano do Google para ele. Por agora, resta aguardar por mais algum tempo (talvez, anos), até que o SO apareça em mais dispositivos.

Gostou da lista? Deu para notar que não só de iOS ou Android vivem as pessoas do mundo. Conte nos comentários aí embaixo qual da lista é seu favorito e também se ficou faltando algum sistema legal que deveria estar aqui.