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Resso vai deixar de ser gratuito

Por  • Editado por Douglas Ciriaco | 

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Divulgação/Resso
Divulgação/Resso

A Bytedance vai transformar o streaming de música Resso em um serviço exclusivamente pago. Hoje, o aplicativo é gratuito, embora ofereça um pacote para assinantes, e funciona como uma rede social de músicas.

A empresa responsável pelo streaming, que também é dona do TikTok, começou a notificar os usuários no app e no site com uma mensagem. Segundo o aviso, o Resso Premium funcionará a partir de 11 de maio de 2023 — quem não tiver uma assinatura até a data perderá o acesso.

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O sistema adotado pelo Resso será a assinatura mensal, sem anúncios, com sons de alta qualidade e a opção de baixar músicas para ouvir offline. O serviço também oferecerá letras de música e reprodução de listas em dupla, bem como os serviços de interação já existentes — curtidas, comentários e recomendações.

Quando vai custar o Resso Premium?

O plano mais barato será comercializado por R$ 16,90 no Brasil, mais baixo que o cobrado pelo Spotify (R$ 19,90 por mês) e pelo Apple Music (R$ 21,90 por mês).

Por outro lado, a plataforma não possui tantos recursos quanto os rivais populares, inclusive em termos de catálogo disponível — a Sony retirou todos os artistas do Resso em 2022.

Como justificativa para a cobrança, os desenvolvedores prometem “elevar a experiência de streaming de música social”. O chefe global de música da Bytedance, Ole Obermann, assegurou a realização de melhorias no serviço para expandir a base de usuários e ampliar os benefícios dos artistas.

“A mudança do Resso para um serviço apenas premium permitirá o desenvolvimento de uma melhor experiência do usuário para os fãs de música, ao mesmo tempo em que aumenta as oportunidades para detentores de direitos autorais e artistas”, explicou via comunicado.

O que é o Resso?

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O Resso atende apenas a três mercados atualmente: Brasil, Índia e Indonésia. Havia rumores de que a Bytedance poderia levá-lo para os Estados Unidos e países da Europa em algum momento sob o nome TikTok Music, mas isso nunca avançou — mesmo com um site criado para divulgação.

A plataforma acumula mais de 250 milhões de downloads no total, segundo dados da empresa Sensor Tower. Os números são baixos se comparados aos três grandes mercados onde está presente.

O serviço de streaming ganhou muita popularidade em 2021, mas parece ter entrado em declínio no último ano, sem apresentar grandes novidades. No primeiro trimestre de 2023, os downloads estacionaram na casa dos 13,5 milhões, uma queda de 47% em relação ao ano anterior.

Curiosamente, o Resso já tinha um modelo pago para quem quisesse obter vantagens. O Brasil é responsável por 73% das assinaturas pagas, muito à frente do mercado indiano, o maior em quantidade de usuários ativos.