Microsoft Teams é investigado na Europa por supostas práticas abusivas
Por Igor Almenara | Editado por Douglas Ciriaco | 14 de Outubro de 2021 às 11h17
Atualmente, o Microsoft Teams está presente em praticamente tudo da Microsoft (inclusive no Windows) e tamanha disponibilidade colabora com a popularidade do serviço — “já está ali, por que não usar?”, é fácil questionar. Porém, aos olhos de seus concorrentes, a estratégia da plataforma de comunicação é desleal com o mercado, e por isso a companhia agora enfrenta uma investigação da Comissão Europeia.
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Os fiscais antitruste da União Europeia atenderam aos pedidos do Slack, um concorrente direto do Microsoft Teams, alegando que a Microsoft abusa de sua ampla presença no mercado. Assim, ter o Teams tão intimamente integrado com a suíte da MS — o Microsoft 365 —, representaria uma vantagem injusta.
De acordo com a Reuters, a Comissão Europeia perguntou aos competidores de comunicação empresarial quais foram os efeitos do Microsoft Teams sobre o segmento. As perguntas questionam se a estreia da plataforma da MS causou uma migração instantânea de usuários, qual o impacto da pandemia no setor e se a concorrência mais acirrada foi refletida nos preços e evolução de serviços.
Os participantes da pesquisa não foram revelados, mas é provável que o Slack faça parte do grupo. O Google e o Zoom também devem ter sido consultados, já que também têm presença forte na categoria.
Teams separado?
Para o Slack, é desnecessariamente complicado desinstalar o Microsoft Teams e a MS não colabora com os demais participantes do segmento. O rival acredita que separar a plataforma de comunicação da suíte da Gigante de Redmond seria a melhor solução.
Como a divisão se daria caso o pedido do Slack se tornasse uma ordem da União Europeia, não se sabe. Talvez, também, os efeitos dessa investigação possam ser sentidos por quem usa o Windows 11, já que o Microsoft Teams é parte nativa do sistema operacional. Portanto, seja você um usuário do Teams ou do Windows, vale ficar de olho nos desdobramentos dessa investigação.
Fonte: Reuters