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Liquid Glass x Material 3 Expressive: caminhos opostos, ideias parecidas

Por  • Editado por Bruno De Blasi |  • 

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Reprodução/Apple e Google
Reprodução/Apple e Google

A Apple e o Google apresentaram novos padrões de design de seus sistemas, o Liquid Glass e o Material 3 Expressive, respectivamente. Apesar de visualmente diferentes, ambos focam na experiência do usuário (UX), com intenção de torná-la mais expressiva.

As empresas apostaram em conceitos semelhantes para melhorar a UX: trazer a atenção para os elementos que realmente importam. 

O doutor e professor no curso de Design da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Maurício Klafke Dick, explica que, quando falamos de interfaces de dispositivos, “procuramos atender a três necessidades: funcionalidade, usabilidade e prazer na experiência. Nesse sentido, é necessário que o sistema minimamente seja eficaz e permita realizar as tarefas desejadas pelos usuários — isto é, que ele funcione”.

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Com os avanços tecnológicos para garantir que o sistema funciona (funcionalidade) e que é intuitivo e fácil de usar (usabilidade), as gigantes da tecnologia podem focar no prazer na experiência. 

Como cada design melhora a UX

Enquanto o Liquid Glass traz um design com efeitos translúcidos que refletem e refratam o ambiente ao redor, o Material 3 Expressive aposta em cores marcantes e elementos dinâmicos.

Liquid Glass

Classificada como a maior mudança de design da Apple desde o iOS 7, o Liquid Glass busca imitar os efeitos do vidro na vida real

“A Apple promete uma experiência mais expressiva e envolvente, buscando interações mais divertidas e, como ela mesmo diz, mágicas”, afirma Maurício.

Os elementos, como botões, barras laterais e abas, refletem o que está atrás deles. Assim, as cores se adaptam ao conteúdo, e mudam de forma inteligente a depender da claridade. 

As barras de controle nos aplicativos agora estão arredondadas, ou seja, adaptadas ao design curvo dos dispositivos, e não tomam mais tanto espaço na tela, fazendo com que o conteúdo tenha mais destaque.

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Material 3 Expressive

O novo padrão de design do Google aposta em “tornar o uso mais pessoal e agradável”, de acordo com Maurício.

O Material 3 Expressive foi desenvolvido após pesquisas com mais de 18 mil participantes, e traz cores dinâmicas, tipografia simples e expressiva e formas mais diversas, e que se adaptam ao ambiente, para atiçar o lado emocional do usuário ao usar o celular.

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Além disso, há também um agrupamento mais flexível do conteúdo para facilitar a navegação e compreensão da interface, e movimentos mais suaves nas transições do sistema.

Conceitos semelhantes dos designs

O visual dos designs é bem diferente, mas ambos auxiliam quem os usa a encontrar com mais facilidade o que realmente importa na tela, e buscam uma experiência mais fluida e natural

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Grande parte disso é graças à capacidade de personalização que entregam, devido aos avanços em hardware e software dos dispositivos. 

Por exemplo, ambos os designs conseguem identificar, a partir da paleta de cores escolhida pelo usuário para o sistema, qual a melhor hora de adaptar os elementos visuais para melhorar a visibilidade de um texto.

Caso a paleta de cores seja escura, e apareça um texto também com cores escuras, os designs vão clarear o fundo da tela para dar mais destaque ao que realmente importa: a leitura do texto em questão.

Maurício conclui que o Liquid Glass e o Material 3 Expressive trazem duas principais abordagens semelhantes ao usuário: “o indivíduo decide o que é mais importante conforme as suas necessidades ou o sistema apresenta o que é relevante de acordo com o que o usuário está fazendo”.

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