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InDrive prepara novas categorias e expansão para se consolidar no Brasil

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Fevereiro de 2023 às 13h00

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Alveni Lisboa/Canaltech
Alveni Lisboa/Canaltech

A inDrive anunciou que pretende expandir suas operações no Brasil em 2023, trazendo novas categorias e mais foco no usuário. A ideia é manter a estratégia de crescimento do ano passado, porém com passos conscientes, sem atropelos e escutando o apelo das pessoas.

Para entender melhor os planos da empresa por essas bandas, o Canaltech conversou com o gerente comercial da inDrive no Brasil, Thyerry Mendes. Segundo ele, há grandes desafios para as companhias de tecnologia neste ano, mas a aposta é em um ano "dinâmico" para o app de transporte.

"Na dificuldade, como conta a história da empresa, nós enxergamos oportunidades: as pessoas precisam de mobilidade segura. É um dos principais fundamentos do dia a dia e um aliado em tempos de baixa na economia. Passageiros encontram praticidade, com crescente demanda no pós-pandemia. Isso oferece aos prestadores de serviço renda complementar ou até mesmo se colocando como a principal fonte de muitas famílias", destaca o profissional.
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A empresa pretende manter o ritmo de crescimento neste ano, embora em um percentual ligeiramente menor que 2022. A plataforma não divulgou ainda as projeções e números para 2023, mas a expectativa parece estar em alta, como deixa transparecer o gerente comercial.

No ano passado, a empresa viu seus negócios explodirem mais de 100% em apenas 365 dias. A organização não detalha dados sobre as operações financeiras, então é difícil saber o quanto isso representa em dinheiro. Mesmo assim, é um cenário que promete incomodar a concorrência e oferecer novas opções para o usuário.

Crescimento consciente para 2023

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Mendes acredita que o plano é manter o bom momento de forma sustentável, sem pular etapas ou se aventurar em estratégias infundadas, voltado para a atração de mais pessoas, mas de forma "ousada e cautelosa". Para isso, a empresa garante apostar em um modelo enxuto de operação, focando na qualidade do serviço em vez de oferecer subsídios que não pode cumprir. O executivo explica que a ideia é seguir confiante na demanda para alinhar os negócios às necessidades dos clientes.

"Em quase cinco anos no mercado local, focamos na consolidação da base, escalando a operação a todos os 27 estados. A partir deste ano, após esta etapa de consolidação, elevaremos a estratégia para fortalecer nossa posição em cada região, de Norte a Sul do Brasil. Para isso, teremos um olhar focado, crítico, analítico e mais próximo de cada estado, alocando recursos e pessoas para entender e atender às múltiplas necessidades. Estaremos mais capilarizados, mas, também, mais sensíveis à voz de nossos usuários e suas particularidades", explica o executivo.

O ambiente regulatório deve ser um grande desafio, dadas as particularidades de cada estado e dos municípios. Mesmo assim, a empresa tenta manter o diálogo aberto e propositivo com órgãos fiscalizadores para não ter problemas. A legislação brasileira sobre transportes é um tanto quanto complexa, porque mantém algumas competências na esfera federal e reserva outras para as prefeituras — sem contar a imensa jurisprudência sobre o segmento.

Novas categorias no InDrive

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Para este ano, o InDrive aposta em um novo serviço: as categorias de profissionais autônomos. A ideia é permitir que encanadores, pedreiros, manicures, eletricistas e outros trabalhadores possam oferecer mão de obra por meio da plataforma.

A expectativa de lançamento da modalidade no Brasil é para o primeiro semestre de 2023, ainda sem uma data definida. Pelo app, já é possível visualizar as categorias, mas ainda falta encorpar o serviço com mais profissionais. A plataforma também deve conduzir um projeto de fintech, previsto para este ano, mas ainda sem previsão de desembarque no país.

O app já havia ampliado o portfólio de serviços ofertados, deixando de focar apenas de mobilidade para se transformar em um marketplace. Além de transporte particular individual, o InDrive oferece ao usuário entregas, transporte de carga (de 10 kg a toneladas), fretes e viagens intermunicipais. "A maior vantagem para prestadores de serviços e clientes é que tudo fica na mesma interface, não há necessidade de baixar outro aplicativo para cada categoria", ressalta o gerente.

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A empresa não tem planos para atuar no mercado corporativo no momento. Mendes, contudo, não descarta a ideia de vez, caso haja demanda de empresas no futuro."Combater injustiças requer olhar cuidadoso e constante para as necessidades e nas suas experiências em todo o conjunto social", argumenta.

Já sobre uma possível concorrência no ramo de mototáxis, Thyerry Mendes diz que a companhia ainda avalia isso com base nas solicitações dos usuários. Uber e 99 têm travado batalhas nas cidades para operar oferecendo transporte de passageiros por motos, com certa resistência de autoridades em São Paulo (SP) e no Rio de Janeiro (RJ).

InDrive contra os rivais

Para Thyerry Mendes, há vários fatores que ajudam a diferenciar o serviço dos concorrentes do mercado. O principal é o que o tornou conhecido: a negociação direta entre passageiro e motorista, ou seja, entre tomador de serviço e o prestador. A transação ocorre no próprio aplicativo, entre as partes envolvidas, e não leva mais do que dois minutos.

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"O motorista fica com a maior parte do valor da corrida (90,1% para o condutor, e 9,9% para a empresa). É a menor taxa do mercado", enfatiza.

O condutor não é penalizado se recusar corridas, então há mais liberdade de escolha. Como todas as informações são exibidas antes do aceite, dá para ver qual será a carga levada, o percurso, o valor recebido e até o perfil dos envolvidos, seja do condutor ou do contratante do serviço — inclusive, há um sistema de comentários de usuários no histórico de cada motorista.

O valor das corridas, calcanhar de aquiles dos aplicativos de transporte no Brasil, é maior no app segundo Mendes. Ele diz que mesmo em curtas distâncias o aplicativo garante um valor mínimo para os motoristas. "InDrive rejeita o uso de algoritmos para estabelecer valores em cada corrida — como o acerto é feito de forma direta entre demanda e oferta, excluí-se as tarifas dinâmicas que prendem usuários num preço fixo para cada viagem", detalha.

Se houver algum problema, Mendes garante que o atendimento ao cliente atua para resolver o problema. A diferença seria um "time que atende cada demanda de forma particular", durante 24 horas e 7 dias por semana, sem chatbot ou mensagens padronizadas.

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Resta saber agora se a companhia vai conseguir o sucesso desejado, seja no ramo de transportes, seja na área de marketplace. Fato é que o mercado tem espaço para mais concorrentes, então, mais uma vez, o usuário será o responsável pela palavra final neste ano de 2023.