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Google começa a bloquear cookies de rastreamento no Chrome

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 04 de Janeiro de 2024 às 11h36

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Douglas Ciriaco/Canaltech
Douglas Ciriaco/Canaltech
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O Google começa nesta quinta-feira (4) a aplicar uma nova medida de segurança no Chrome, bloqueando os cookies de terceiros. Os elementos usados para rastrear a navegação de usuários entre sites deixarão de funcionar nos navegadores de cerca de 30 milhões de pessoas, aproximadamente 1% da base de usuários do software.

De acordo com a empresa, os usuários serão selecionados aleatoriamente e receberão uma notificação no próprio navegador sobre o assunto. Isso vale tanto para a versão desktop do Chrome quanto para o app de Android — em ambos os casos, será possível reativar os cookies de terceiros caso a pessoa deseje.

Essa opção, entretanto, não ficará disponível por muito tempo, já que a desativação atual é parte de um bloqueio ainda maior, que deve atingir todos que utilizam o browser no segundo semestre deste ano. Acima disso, está uma iniciativa de segurança e privacidade do Google, voltada a dar aos usuários maior controle sobre os próprios dados e o que é coletado por serviços online, principalmente no compartilhamento de informações para fins de publicidade.

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O motivo para essa liberação segmentada tem a ver com o período dado pelo Google para que sites se adequem à mudança. Desde já, a empresa afirma que a remoção pode gerar problemas na exibição de anúncios e até instabilidade em sites, mas não espera grandes impactos na navegação usual da maioria das pessoas.

Anúncios direcionados, mas com privacidade

A proposta do Google é parte de uma iniciativa chamada Privacy Sandbox, que visa ampliar a privacidade dos dados dos usuários na internet. Com o fim dos cookies de terceiros, a empresa propõe o uso de uma API chamada Topics, que coleta tópicos de interesse dos usuários para exibição de anúncios, mas de forma anonimizada e sem possibilidade de rastreamento.

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O recurso se tornou público em setembro do ano passado, mas ainda segue em caráter de testes, com a primeira fase do bloqueio de cookies sendo seu primeiro desafio de ferro. A ideia por trás da liberação para 1% da base de usuários do Chrome é garantir que tudo funcione e, principalmente, que as soluções de propaganda se mantenham sustentáveis e lucrativas para anunciantes sob o novo formato.

Acima disso, está também uma preocupação regulatória, com o Google na mira de autoridades antitruste do Reino Unido quanto a um possível monopólio de sua solução de anúncios após a mudança. Tanto a empresa quanto o governo desejam garantir que a companhia não tenha uma vantagem predatória sobre as tecnologias rivais após a alteração, com a aplicação do bloqueio de cookies em fases servindo para garantir livre competição.