Google aposenta serviço de apenas 3 meses de idade
Por Igor Almenara • Editado por Douglas Ciriaco |

O Google anunciou que a plataforma de newsletters Museletter será desligada em 20 de dezembro. O serviço misturava conceitos de boletins informativos com redes sociais e seria um concorrente importante para o Subtack e o Revue se tivesse ido para frente.
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Este talvez seja o abandono de serviço mais rápido que o Google já fez na história da empresa — foram apenas três meses desde a apresentação do Museletter, ainda em fase experimental, em setembro. A mudança de planos foi tão rápida que a gigante pouco tem o que “desligar” para efetivar a suspensão da plataforma: o site vai ser suspenso e os pouquíssimos dados (como e-mails cadastrados) serão excluídos.
Para quem não acompanhou o anúncio, o Museletter tentava ser um concorrente no segmento de newsletters com o capricho do Google — incluindo, lógico, integração com serviços da marca. Usuários poderiam ampliar o conteúdo do próprio canal com apresentações de slides únicas, incrementar o conteúdo com planilhas prontas e, melhor ainda, cobrar assinaturas por isso tudo.
O Museletter fazia parte da Area 120, um segmento específico do Google em que ideias de novos produtos eram postas em prática e no qual eram avaliadas tendências, abordagens, recepção do público e tudo mais. Sendo assim, pode-se dizer que a plataforma de newsletters tampouco saiu da fase de testes para ser um serviço oficial da empresa.
Ainda que seja desanimador, o time do Museletter segue acreditando no modelo de monetização traçado para a plataforma e, de acordo com o comunicado, todo o aprendizado será incorporado aos demais serviços da empresa. Infelizmente, não existe previsão de lançamento de nada parecido no Google, mas há rumores de que algo semelhante será embarcado no Google Workspace.
Apesar de ser apenas um experimento, o Museletter tinha uma proposta interessante e realmente podia despontar como um serviço de peso no segmento de boletins informativos. Para quem esperava por ele, é triste informar que agora a plataforma não passa de mais uma lápide no cemitério do Google.