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Entenda por que várias extensões vão parar de funcionar no Chrome

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 20 de Junho de 2024 às 12h01

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Benjamin Dada/Unsplash
Benjamin Dada/Unsplash

O Google Chrome e os navegadores baseados no Chromium (como Edge, Opera e Brave) vão começar a aposentar várias extensões a partir do mês de junho deste ano. O motivo é o fim do suporte ao sistema Manifest V2, que afeta o funcionamento dos plugins no navegador, e a troca para o seu sucessor, Manifest V3. Entenda agora como isso vai acontecer e as possíveis consequências.

O que vai acontecer

O Google já havia anunciado a mudança no ano passado — na ocasião, o cronograma determinava que o Manifest V2 seria descontinuado em junho de 2024. Agora, a empresa começa a desativar as extensões que rodam na API antiga nas versões Dev, Canary e Beta do Chrome ainda neste mês e pretende ampliar a cobertura nos próximos meses. 

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A mudança vai ocorrer no Chrome 127 e nas versões posteriores: nesse caso, a extensão é desativada do navegador e não pode ser instalada pela Chrome Web Store. O objetivo da empresa é que o processo dure pelo menos um mês, com coleta de feedback durante o período. Depois disso, a mudança chega à versão estável do Chrome. 

O navegador aos poucos desenvolve recursos para informar a alteração: de acordo com o perfil Leopeva64 no X (antigo Twitter), o Chrome prepara uma mensagem que explica por que a extensão que roda com o Manifest V2 foi desativada. 

O que é Manifest V3?

O Manifest V3 é a nova geração da API usada para rodar extensões nos navegadores com base em Chromium. O sistema está em desenvolvimento desde 2018 e possui uma série de especificações para publicar um plugin na Chrome Web Store.

Uma das diferenças da V3 está na estrutura da extensão: antes, alguns componentes podiam rodar na nuvem, então o navegador não conseguia analisar o conteúdo para identificar possíveis ameaças. Agora, todo plugin precisa mostrar o código completo, o que pode facilitar a busca por arquivos maliciosos, explica o Google. 

Além disso, o sistema consegue identificar todos os scripts e permissões do navegador são solicitados pela extensão, com a promessa de otimizar o funcionamento delas.

Impacto em adblockers

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O principal impacto da mudança está no funcionamento dos bloqueadores de anúncios: a maior parte das extensões do segmento são criadas com base no Manifest V2 e funcionam graças à API WebRequest, presente nesta versão. O Manifest V3 prioriza a API declarativeNetRequest, que limita os poderes dos bloqueadores e a quantidade de regras que podem ser aplicadas numa página da web.

Alguns dos principais nomes do mercado já criaram alternativas: o AdBlock lançou uma versão compatível com o Manifest V3 em abril deste ano, enquanto o uBlock Origin Lite já roda com o novo sistema. 

Porém, ainda não é possível avaliar o impacto na eficiência desse tipo de recurso com a nova estrutura. O Google já fechou o cerco contra essas extensões no YouTube e pode ampliar as restrições com o Manifest V3. Caso as mudanças sejam muito drásticas, uma alternativa seria migrar ao Firefox, que não é desenvolvido com base no Chromium.