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Em meio a polêmicas, Houseparty teve mais de 50 milhões de assinaturas em março

Por| 16 de Abril de 2020 às 16h05

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Reprodução/The Conversation
Reprodução/The Conversation

Em tempos em que a principal recomendação das autoridades de saúde é evitar aglomerações, os apps de chamadas de vídeo tiveram aumentos expressivos de uso. Entre grandes plataformas, como Zoom, Google Meet e Microsoft Teams, o menos conhecido Houseparty vem se destacando – e muito – nas lojas online.

Somente no mês de março, o app de videochamadas – disponível para Android, iOS e PC – recebeu mais de 50 milhões de novas contas, segundo o próprio aplicativo. Já nos últimos 30 dias, dados da Apptopia afirmam que o Houseparty obteve cerca de 17 milhões de downloads nas lojas da Apple e do Google, 10 milhões a menos que o informado pela empresa Sensor Tower no mesmo período. Independente de quem estiver certo, os resultados são mesmo surpreendentes.

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Segundo a própria Houseparty, o aumento expressivo da procura por serviços de videochamadas fez com que o aplicativo alcançasse o topo do setor em diversos mercados.

Houseparty se tornou o aplicativo número 1 na categoria Social em 82 países, incluindo a App Store americana. Na loja online do Google nos Estados Unidos, o serviço fisgou a terceira posição. Já na Play Store brasileira, Houseparty é o nono app gratuito mais procurado, atrás apenas das redes sociais TikTok e Facebook Lite.

Além disso, o aplicativo de videochamadas é líder geral em 16 países, alcançando um respeitoso segundo lugar nas lojas online americanas.

Foco nos jovens

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O Houseparty tem se destacado principalmente entre jovens, pois permite chamadas de vídeo em grupos de até oito pessoas – maior do que o permitido por Instagram e WhatsApp, por exemplo. Além disso, o aplicativo tem integração com o Snapchat e possui jogos dentro do app para tornar a experiência mais divertida com amigos e familiares.

Desde quando a pandemia de COVID-19 foi classificada como tal, em março, a empresa afirmou que o tempo médio gasto no aplicativo ultrapassou os 80 minutos – antes das medidas de isolamento social, a média era de 60 minutos.

Polêmica em relação à privacidade

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Em meio aos graves problemas de segurança enfrentados pelo rival Zoom, o Houseparty também foi alvo de sérias acusações acerca de suas políticas de privacidade.

No último dia 30 de março, surgiram uma série de reclamações no Twitter acusando o Houseparty de coletar dados de cartões de créditos e senhas de aplicativos e bancos – na ocasião, o CEO do aplicativo, Sima Sistani, negou todas as informações e ainda ofereceu US$ 1 milhão para quem trouxesse provas concretas das acusações.

O especialista de segurança da Avast Vojtech Bocek afirmou, em entrevista ao site UOL, que não é possível um aplicativo coletar dados sigilosos dos usuários sem conhecimento prévio, pois as medidas de segurança das plataformas não permitem que um aplicativo acesse dados de outro.

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Além disso, uma investigação recente realizada pela Forbes com a ajuda de um especialista em segurança cibernética, concluiu que o Houseparty é supostamente seguro, pois as permissões solicitadas aos usuários são coerentes. Confira abaixo as principais permissões pedidas pelo aplicativo – de acordo com sua descrição oficial na Play Store:

  • Câmera: tirar fotos e gravar vídeos;
  • Contatos: ler contatos do telefone;
  • Microfone: gravar áudio;
  • Armazenamento: modificar ou apagar conteúdos do cartão de memória;
  • Rede: ver conexões Wi-Fi e rede, receber dados da internet.

No entanto, chama atenção o fato da Política de Privacidade do aplicativo ter sido atualizada quase dois anos depois da última atualização – pouco tempo depois da implementação do Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD) da União Europeia. Basicamente, a regulamentação exige que os responsáveis pelo tratamento dos dados pessoais sejam completamente transparentes quanto ao uso das informações, como quando vão usá-las, para que finalidade, por quanto tempo e outros direitos do usuário.

Especialista em dados e privacidade, Suzanne Vergnolle publicou em sua conta no Twitter que tal política do Houseparty não era compatível com a RGPD, afirmando que o aplicativo rastreava os usuários independentemente das permissões e não atendia alguns pedidos de exclusão de conta. Em defesa, o CEO da Houseparty disse na época que a empresa a sua dona, a Epic Games, "têm uma visão comum para tornar a interação humana mais fácil e agradável, e sempre com respeito à privacidade do usuário".

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Confira a nota completa do CEO da Houseparty, Sima Sistani, publicada no último dia 2 de abril:

O Houseparty é seguro. Não houve nenhuma violação de dados, nem exposição de dados de clientes ou de contas de terceiros. Assim que tomamos conhecimento desses relatos falsos, nós montamos imediatamente uma equipe interna que trabalhou com especialistas externos para investigar a situação. Nós constatamos que essas afirmações não eram verdadeiras. Quando você usa o Houseparty para se conectar socialmente com as pessoas que gosta, você não precisa se preocupar com a segurança dos seus dados. Nós levamos essa questão a sério e ela é parte essencial de nossos valores. Nosso objetivo é sermos líder dessa categoria. Aproveitando que estamos falando sobre os seus dados, nós queremos fazer uma promessa a você: O Houseparty nunca vendeu seus dados e jamais os venderá. Nunca. Nós atualizaremos nossa Política de Privacidade na próxima semana para deixá-la muito mais clara sobre esse e outros assuntos. 

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Fonte: HousepartyTechRunchDigital Trends, UOL