Publicidade

É seguro abrir o app do banco no ônibus ou metrô? Veja os riscos

Por  • Editado por Bruno De Blasi | 

Compartilhe:
Reprodução/Unsplash
Reprodução/Unsplash

Em algumas cidades brasileiras, passam em média mais de duas horas no transporte público, como é o caso de São Paulo (SP). Essa realidade leva muitas pessoas a fazer transferências, Pix, consultar saldo e outras operações bancárias dentro do ônibus, metrô, trem ou barca — essa prática, no entanto, pode trazer vários riscos ao realizá-la sem alguns cuidados essenciais.

A seguir, tire as seguintes dúvidas:

  • É seguro abrir app de banco no transporte público?
  • Quais são os principais riscos?
  • É mais seguro acessar pelo 4G?
  • Como se proteger
Canaltech
O Canaltech está no WhatsApp!Entre no canal e acompanhe notícias e dicas de tecnologia
Continua após a publicidade

É seguro abrir app de banco no transporte público?

O gerente de serviços de segurança da ISH, Paulo Trindade, aponta que o uso de aplicativos de bancos em ônibus ou metrô pode ser seguro, desde que a pessoa tome certos cuidados contra roubos e furtos, por exemplo. 

Ele explica que o maior perigo não está no uso dos aplicativos em si, mas sim no comportamento do usuário e nas condições do ambiente em que ele está.  

Trindade elenca que um dos principais riscos é a exposição da tela para pessoas e agentes maliciosos que podem estar atentos a dados sensíveis, como senhas e credenciais. "Esse ataque é chamado tecnicamente de 'Shoulder Surfing', literalmente, 'surfar pelo ombro da vítima'”, explica o especialista. 

O analista de segurança da informação da Tripla, Rafael Magioli, adiciona que o uso descuidado de aplicativos de bancos nesses locais coloca em risco a segurança do titular da conta e pode possibilitar, inclusive, crimes digitais a partir do acesso aos dados para transações ou até mesmo sequestros, caso alguém consiga visualizar valor ou movimentações relevantes. 

Quais são os principais riscos?

Rafael Magioli, da Tripla, elencou os seguintes principais riscos:

  • Shoulder Surfing (espionagem por cima do ombro);
  • Gravação ou fotografia da tela; 
  • Redes Wi-Fi falsas que imitam redes públicas legítimas como "Metro_Free_WiFi";
  • Instalação de malware via QR Codes ou links;
  • Furto ou roubo do celular seguido de acesso indevido ao app. 
Continua após a publicidade

É mais seguro acessar pelo 4G?

Trindade afirma que é sempre mais seguro acessar aplicativos de banco através da conexão móvel.

"Empresas sérias de fornecimento de serviços de rede celular também aplicam processos seguros internamente além da comunicação via rede ser protegida por protocolos robustos de criptografia", explica o especialista. 

Ele ressalta que conexões móveis são mais seguras do que o acesso feito por Wi-Fi público. Isso porque redes abertas, como as de shoppings, ônibus ou estações, são alvos frequentes de ataques do tipo "man-in-the-middle" ou “homem no meio” em tradução literal, onde criminosos interceptam dados transmitidos entre o dispositivo e a internet, podendo obter informações sensíveis e roubo de dados.

Continua após a publicidade

Como se proteger

Os especialistas listaram as principais práticas para se proteger ao acessar apps de bancos em ônibus e metrô:

  • Use películas de privacidade na tela do celular;
  • Evitar digitar senhas em locais visíveis, como ônibus lotados;
  • Configurar limites de transações e ativar modos de proteção como o “Modo Rua” ou “Modo Seguro” (dependendo de seu app bancário);
  • Instalar apps apenas das lojas oficiais;
  • Desativar notificações sensíveis na tela de bloqueio;
  • Ative biometria e autenticação em dois fatores no app do banco;
  • Nunca use Wi-Fi público para acessar apps bancários;
  • Fique atento ao redor e evite realizar transações em locais muito movimentados;
  • Desconfie de QR Codes em locais públicos.
Continua após a publicidade

Leia mais:

VÍDEO: Golpe da SELFIE: saiba COMO se proteger!