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Brasil é o país que mais manda áudio pelo WhatsApp, diz chefão do app

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Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
Montagem: Caio Carvalho/Canaltech
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Talvez você odeie receber mensagens de áudio, talvez esta seja a sua forma preferida de se comunicar atualmente. Independentemente da sua posição a respeito disso, porém, o Brasil é o país que mais manda áudio pelo WhatsApp em todo o planeta, revelou o presidente do mensageiro Will Cathcart em entrevista à Folha de S.Paulo.

Na conversa, o executivo ainda chama o Brasil de “país do WhatsApp” e diz que somos os terceiros em número de usuários na plataforma (atrás apenas de Índia e Indonésia). Mas nem só de áudio vive o Zap por aqui: o Cathcart revela ainda que o brasileiro também é o povo que mais manda e recebe mensagens de texto pelo aplicativo da Meta.

País do áudio do Zap

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“De longe, o Brasil é o país que mais envia mensagens de áudio no mundo, quatro vezes mais do que qualquer outro”, confessa Cathcart, que destaca a importância do país para a Meta. “O Brasil, por causa da intensidade do uso do WhatsApp, é fundamental [para a Meta]”, diz o executivo.

Cathcart destaca ainda alguns pontos bastante relevantes da relação entre Brasil e WhatsApp. “A maioria das mensagens já enviadas, o maior número de áudios enviados, o maior número de mensagens que desaparecem, tudo isso é do Brasil”, explica.

“No país, temos ótimos exemplos de como as pequenas empresas usam a plataforma. Com os canais lançados recentemente, estamos começando a ver muitos veículos de mídia, ONGs e celebridades chegando até as pessoas e sendo acessíveis pelo WhatsApp”, completa o chefão do Zap.

E foi na esteira de um uso cada vez mais extensivo do mensageiro para trocar áudios que o WhatsApp trouxe recentemente recursos muito bem-vindos, como opção de acelerar a velocidade de reprodução ou de sair da conversa e seguir mexendo no celular enquanto escuta um áudio.

Combate às fake news

Ser o aplicativo mais usado para trocar mensagens em um país do tamanho do Brasil também traz alguns contratempos, como ser um meio comum de uso de divulgação de fake news — por exemplo, o WhatsApp foi classificado por um estudo do Instituto Reuters para Estudos do Jornalismo da Universidade de Oxford como o principal meio de divulgação de notícias falsas sobre covid-19 no país.

Diante disso e em véspera de mais um ano eleitoral, Cathcart destaca que a sua empresa trabalha nos últimos anos para dificultar a vida de quem usa o Zap para espalhar desinformação.

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"Continuamos expandindo essas mudanças [para combater desinformação], tornando mais difícil o encaminhamento de mensagens, criando fricções, para o usuário pensar um pouco sobre o que está encaminhando antes de encaminhar", comenta o executivo.

"Mais recentemente, com mensagens que foram encaminhadas muitas vezes, facilitamos a pesquisa no Google e trabalhamos com eles na qualidade da ferramenta", complementa.

WhatsApp no Brasil

É inegável que o WhatsApp é um gigante quase onipresente no Brasil e as falas de Will Cathcart vem ao encontro de estatísticas que destacam o tamanho e o alcance do aplicativo por aqui.

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O site especializado em dados Statista afirma que a presença do Zap nos celulares brasileiros chega a incríveis 99% — ou seja, virtualmente todo smartphone do país tem o aplicativo instalado.

Dados da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box de maio deste ano cravam o mensageiro da Meta como o aplicativo favorito da maioria dos brasileiros: ele está na tela inicial de 59% de donos e donas de smartphone, é o mais aberto ao longo do dia por 53% da população com celular e é o mais usado por dia de 29% das pessoas conectadas (atrás apenas do Instagram, com 36%).

Além disso, 50% dos brasileiros entrevistados pela pesquisa garantem que, se tivessem que escolher um único aplicativo para manter em seus dispositivos móveis, este seria o WhatsApp.

Ou seja, tamanha penetração justifica com sobras a visão da Meta do Brasil como um mercado altamente estratégico e importante para o WhatsApp.

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Fonte: Folha de S.Paulo