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Venda de usados InstaCarro recebe aporte de R$ 119 mi e mira expansão digital

Por| Editado por Claudio Yuge | 05 de Agosto de 2021 às 09h20

Divulgação/InstaCarro
Divulgação/InstaCarro
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Mais de 11 milhões de automóveis seminovos e usados foram vendidos em 2020 no Brasil. Um dos motivos que levou à valorização desses veículos está diretamente relacionado com a pandemia de COVID-19: faltam componentes para montar carros novos.

Essa movimentação tem feito empresas do segmento investirem no país. A startup InstaCarro, por exemplo, anunciou nesta quarta-feira (4) um aporte de US$ 23 milhões (cerca de R$ 119 milhões).

Os recursos serão usados em expansão, tecnologia e lançamento de vendas entre pessoas físicas. Luca Cafici, que fundou a InstaCarro em 2015, diz que o segmento é pouco amigável. “As pessoas ainda sofrem em busca de uma experiência rápida, segura e transparente.”

Imagem: Reprodução/Envato/twenty20photos
Imagem: Reprodução/Envato/twenty20photos

No aspecto da expansão, a InstaCarro já abriu um centro de inspeção em Curitiba, e chegou digitalmente a Belo Horizonte, Brasília, Campinas, Goiânia, Joinville, Rio de Janeiro e Santos. “Metade dos nossos clientes está vendendo o carro para adquirir outro. Acreditamos que as pessoas estão cada vez mais dispostas a fazer essa compra pela internet”, diz Cafici.

Sexto mercado mundial

Para criar a empresa, Cafici se inspirou na russa CarPrice. Ele escolheu o Brasil porque o país é um dos maiores mercados do mundo: segundo a Focus2move, o Brasil está em sexto lugar no emplacamento de automóveis, atrás de China, EUA, Alemanha, Índia e Japão. Quando o assunto são os seminovos, a Kavak estima que o país vá para a terceira posição, atrás apenas de China e EUA.

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Depois que o interessado em vender um carro seminovo ou usado se cadastra na InstaCarro, a startup faz a avaliação física do veículo — em um dos centros de inspeção na cidade de São Paulo ou com um avaliador treinado que vai à casa do cliente. O automóvel é, então, fotografado e colocado em um leilão online.

Imagem: Reprodução/Pexels/Malte Luk
Imagem: Reprodução/Pexels/Malte Luk

A plataforma tem 4 mil lojistas cadastrados. Eles enviam propostas pelo veículo e a startup repassa as melhores opções ao cliente. Se ele aceitar, a empresa cuida da documentação, do pagamento e do transporte do automóvel. “O guincho busca o veículo e o cliente recebe o pagamento. Só então cobramos uma comissão [de 3% a 6%] do lojista”, explica Cafici.

Empresas concorrentes, como a Volanty e a Kavak, têm um modo de atuação diferente. Elas mesmas compram os carros dos proprietário e depois os revendem para outras pessoas físicas.

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Na InstaCarro, os benefícios para o dono do veículo incluem a segurança, a comodidade e o leilão de preços. “A negociação conosco melhora a experiência e evita fraudes”, pondera. “O usuário faz todo o processo de casa e, como há várias lojas, o preço de venda aumenta. Lojas especializadas pagam mais porque sabem como vender garantindo a margem.” Já para os lojistas, o benefício é encontrar rapidamente o modelo desejado. 

Com o aumento na procura por esses automóveis, muitos proprietários se animaram a vender seus veículos. Para Cafici, eles estão certos. “Agora é o momento de vender. Comprar, talvez no ano que vem”, recomenda. 

Mais de US$ 56 milhões

Imagem: Divulgação
Imagem: Divulgação
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Em 2017, a InstaCarro já havia captado US$ 30 milhões. Com o novo aporte, o total obtido atinge US$ 56,5 milhões. Entre os investidores estão o FJLabs (que já havia participado da operação anterior), o J Ventures, o Rise Capital, o All Iron Ventures e o Big Sur.

Desde sua fundação, a startup movimentou mais de R$ 1 bilhão. O tíquete médio de venda é de R$ 40 mil e, no primeiro semestre de 2021, a média de crescimento mensal da companhia foi de 10%.

Cafici quer atingir as 25 mil transações por mês. “É nosso objetivo para os próximos anos”, diz. A referência para esse volume são empresas americanas que detêm entre 2% e 3% do mercado de comercialização de automóveis. A startup não divulga o número atual de operações mensais.

Fonte: InfoMoney, Neofeed