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Educação, games e apps de saúde mental devem ser alvos de criminosos em 2023

Por| Editado por Claudio Yuge | 22 de Dezembro de 2022 às 14h00

Divulgação/DSIRF
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Os mercados de jogos, educação e streaming, assim como novas redes sociais e aplicativos de saúde mental, devem estar no centro da mira dos cibercriminosos em 2023. É o que aponta um relatório da empresa de segurança digital Kaspersky, que cita alguns dos desafios e tendências que a indústria deve enfrentar no ano que vem, na medida em que as ameaças atuais evoluem para atingir novos negócios, setores em ascensão e, principalmente, grandes lucros.

O alerta começa com uma fala curiosa, indicando que muitos dos métodos de ataque permanecem os mesmos. Phishing, golpes financeiros e contaminações com malware devem continuar sendo a métrica do cenário de ameaças; o que muda é a forma como tais riscos chegarão aos usuários, com foco, principalmente, em setores proeminentes e maiores fontes de dados pessoais sensíveis, enquanto novos públicos passarão a ser o foco principal das ameaças.

É o caso, por exemplo, das assinaturas relacionadas a games, com serviços como o Xbox Game Pass, da Microsoft, e a PlayStation Plus, da Sony, sendo citados em golpes e esquemas fraudulentos de venda de acesso. O roubo de contas também deve assumir protagonismo, da mesma forma que acontece com as moedas virtuais e itens valiosos em títulos competitivos, que também devem continuar a serem o centro do cibercrime no setor de jogos.

Educação, games e apps de saúde mental devem ser alvos de criminosos em 2023
Sistemas de assinatura de jogos devem se tornar peça central de golpes, assim como os serviços de streaming de filmes e séries (Imagem: Victor Carvalho/Canaltech)

A Kaspersky cita ainda a continuidade na escassez de consoles de nova geração nas prateleiras contribuindo para a continuidade de golpes de phishing, bem como a expectativa por grandes títulos como GTA 6, Alan Wake 2 e Diablo IV. A promessa de vazamentos e detalhes antecipados, por exemplo, pode servir como vetor para instalação de vírus, enquanto ofertas de aparelhos garantem transferências para os bolsos dos bandidos.

No mercado de streaming, a disponibilização de conteúdo pirata seguirá no centro das atenções, tanto como fonte de renda a partir do acesso a serviços irregulares quanto como forma de disseminar malware. Os golpes estarão cada vez mais focados em fenômenos culturais, com filmes e séries virais sendo usadas ativamente como vetor de ameaças antes e após o lançamento. Como exemplos, os especialistas citam as novas temporadas de Euphoria e O Mandaloriano, a adaptação de The Last of Us e o filme da Barbie.

Redes sociais, metaverso e dados ainda mais sensíveis

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A derrocada do Twitter sob o domínio de Elon Musk abre a possibilidade de novas redes sociais ocuparem o espaço. Os criminosos também estão de olho nisso, com a Kaspersky apontando a ascensão, também, de apps falsos, golpes de phishing com convites para novas plataformas e maiores explorações de vulnerabilidades em plataformas novas, colocando a privacidade dos usuários em risco.

O mesmo também vale para o metaverso, seja pela ausência de boas práticas de proteção ou pelo fato de a tecnologia ser considerada universal e, assim, não seguir regras locais de proteção de dados. Na medida em que usuários e, principalmente, corporações movem suas ferramentas de colaboração para o mundo virtual, ele se torna um terreno fértil para golpes, extorsão, bullying e comprometimento de informações pessoais.

Enquanto dados, em si, já são moeda de troca barata, o mesmo não pode ser dito das informações de saúde. Na mesma medida em que as empresas do segmento se tornam cada vez mais o foco de ransomware, os usuários também podem ver suas informações sensíveis sendo compartilhadas por terceiros, com a Kaspersky apontando os apps de saúde mental como o maior risco aqui.

Educação, games e apps de saúde mental devem ser alvos de criminosos em 2023
No vazio deixado pelo Twitter, novas redes sociais e tecnologias de colaboração podem se tornar foco de phishing e busca por vulnerabilidades para roubo de dados pessoais (Imagem: Reprodução/Koo)
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O aumento no uso caminha lado a lado com o risco e, novamente, vêm à tona as preocupações quanto a boas práticas de segurança e o possível vazamento de informações. A expectativa é de mais ataques direcionados a essa indústria, bem como casos de extorsão e roubo de identidade baseados nos dados sensíveis obtidos pelos bandidos.

Ao lado do setor de saúde, a Kaspersky aponta novas ameaças ao segmento de educação, principalmente na ressaca do período pós-vacina. O conteúdo online veio para ficar, e com ele, também novas vias atrativas para o cibercrime, novamente envolvendo o uso de novas tecnologias que podem conter brechas de segurança ou recursos de gamificação que podem abrir as portas para phishing, bullying e exposição de dados.

Páginas falsas em nome de instituição seguem como o risco em todos os casos, assim como e-mails e mensagens diretas contendo links ou arquivos perigosos. O roubo de credenciais também deve aumentar em 2023, principalmente quanto a tentativas de acesso irregular a plataformas de videoconferência e colaboração online.

Fonte: Kaspersky