Economize: canal oficial do CT Ofertas no WhatsApp Entrar

Criminosos criam lista de critérios para escolher alvos

Por| Editado por Claudio Yuge | 06 de Setembro de 2021 às 15h10

Blog Kaspersky
Blog Kaspersky
Continua após a publicidade

Os casos de sequestros digitais (ransomware) vêm sendo alguns dos crimes cibernéticos mais discutidos em 2021. E uma pesquisa realizada pela KELA, empresa de informação de cibersegurança, ajuda a mostrar o que os bandidos procuram em uma empresa para tomar ela como alvo. 

A pesquisa, realizada usando como amostra 48 postagens em fóruns de cibercriminosos na dark web anunciando a compra de acesso para a rede de empresas, conseguiu montar um perfil das firmas mais propícias a sofrerem ataques. Entre os critérios, o quanto a instituição lucra durante determinado período e suas localizações são fatores importantes.

As postagens também deixam explícito o quanto os criminosos estão dispostos a pagar pela facilidade de entrada na rede das empresas, podendo variar em casos de US$ 3 mil até US$ 100 mil (de R$ 15 mil até R$ 500 mil, respectivamente, na cotação atual).

Criminosos anunciarem a busca por acessos a rede de estabelecimentos é um procedimento que se torna cada vez mais comum, já que contar com essa facilidade adianta bastante o processo de invasão. Entre as formas em que os sequestradores virtuais tentam obter essa passagem, estão o envio de e-mails para funcionários de companhias oferecendo parte do lucro do crime como pagamento. 

O que criminosos procuram em empresas

A pesquisa identificou que grande parte das gangues que estão procurando alvos para realizar o sequestro digital procuram, na maioria das vezes, firmas com localizações geográficas específicas. A maioria dos criminosos buscam empresas localizadas nos EUA (47%); e outras localizações bastante citadas foram Canada (37%), Australia (37%) e países europeus de forma geral (31%). Por outro lado, os bandidos indicam querer evitar ofensivas contra negócios de nações em desenvolvimento. 

Criminosos criam lista de critérios para escolher alvos
Um exemplo de postagem de procura de acesso (Imagem: Reprodução/Bleeping Computer)
Continua após a publicidade

A maioria dos anúncios também deixa claro que não quer instituições localizadas nos países integrantes da Comunidade dos Estados Independentes, como Rússia, Ucrânia, Cazaquistão e Turquemenistão, pois acreditam que enquanto eles não se envolverem com esses locais, os governos atuantes também não irão se "intrometer" em suas atividades.

O lucro das companhias tidas como alvos é um diferencial citado, com os valores dependendo da localização. Na pesquisa, foram mostradas postagens que exigem um rendimento de US$ 5 milhões (mais de R$ 26 milhões) para estabelecimentos localizados nos EUA, contra US$ 20 milhões (cerca de R$ 103 milhões) caso estejam na Europa. 

A pesquisa mostrou também que os criminosos evitam alguns setores específicos, com 47% dos anúncios falando que evitam entidades da área da saúde e educação, 37% não querem empresas relacionadas diretamente com governos e 26% não aceitariam propostas de acesso a organizações sem fins lucrativos. 

É importante frisar, porém, que, uma empresa estar fora dos critérios detectados pela pesquisa realizada pela KELA, não quer dizer que ela esteja a salvo dos ataques. 

Continua após a publicidade

Fonte: Bleeping Computer, ZDNET