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Ciberataques de ransomware crescem no Brasil acima da média global

Por| Editado por Claudio Yuge | 07 de Julho de 2021 às 17h45

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Unsplash/Max Bender
Unsplash/Max Bender

Engana-se quem acredita que o Brasil está alheio à onda crescente de ataques cibernéticos que acontecem ao redor do mundo. Pelo contrário, de acordo com dados divulgados pela Check Point Software Technologias, fornecedora de soluções de cibersegurança, os números em nosso país cresceram acima da média global, com um aumento de 92% no volume de incidentes de ransomware desde o início de 2021.

Os dados mostram uma evolução no ritmo dos ataques. Maio, por exemplo, parece ter sido um mês mais “fraco” nos golpes contra brasileiros, com aumento de 6% no número de ataques por semana. Por outro lado, esse total mais do que dobrou nos últimos 12 meses; segundo a Check Point, houve um crescimento de 102% em relação ao ano anterior.

Em todo o mundo, o volume de ataques cresceu 93% entre maio de 2020 e o mesmo mês de 2021, enquanto, apenas neste início de ano, o aumento foi de 41% no fluxo de ameaças. A média global aparece acima da brasileira apenas nas informações de maio, quando foi registrado um crescimento de 20% no ritmo de tentativas de intrusão registradas por semana.

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Nas Américas, o setor que viu maior aumento nos ataques foi o das operadoras de telecomunicações, com 51% mais ameaças detectadas no último ano. Na sequência estão os fornecedores de software (43%) e empresas de consultoria (25%). Uma clara distinção em relação a outros continentes também chamou a atenção dos especialistas: o segmento líder na Europa, Oriente Médio e Ásia (EMEA) é o de fabricantes de hardware, com aumento de 26%. Deste lado do mundo, entretanto, houve queda de 69% em golpes a essa categoria.

Com um vindouro fim da pandemia do novo coronavírus e o retorno às atividades normais em muitos países, também se viu uma queda de 22% nas tentativas de ataques contra empresas de educação e pesquisa, enquanto, no território EMEA, a baixa foi de 13% nos incidentes mirando o setor de saúde. Entretanto, isso não significa que o ritmo diminuiu, mas que os criminosos estão preferindo outros caminhos.

É o que explica, por exemplo, o aumento de 26% nas ocorrências relacionadas a botnets, que nas Américas, constituem o grupo com maior aumento. Malwares voltados ao roubo de informações pessoais ou bancárias (19%) e cavalos de Troia (10%) completam o pódio de ameaças em ascensão no território, enquanto os ransomwares, percebidos como o maior perigo atual e, também, foco de atenção dos profissionais de segurança, teve crescimento de 9%.

Evolução

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Apesar do aumento considerável em pragas conhecidas, os especialistas da Check Point apontam também para o uso de ferramentas que, normalmente, são utilizadas por países em operações de guerra cibernética, mas que chegaram às mãos de criminosos “comuns”. O vazamento de armas desse tipo permite ataques cada vez mais sofisticados e aumenta o nível de risco para as corporações.

Segundo os pesquisadores, tais ferramentas estão na quinta geração de ameaças, enquanto a maioria das empresas está protegida contra riscos de nível três, com amplo foco em aplicativos e soluções online. A conclusão é que o ritmo de ataques e, principalmente, a sofisticação deles avança mais rapidamente que o índice de preparo, o que produz um desequilíbrio perigoso.

Para conter esse avanço, a Check Point afirma ser necessária uma cooperação entre governos, corporações e empresas de segurança. Manter soluções de proteção sempre ativas e atualizadas, bem como sistemas de inteligência e análise de ameaças são bons pontos de partida, ao lado de iniciativas de educação para colaboradores e sistemas robustos de credenciais, controle de acesso e backup.

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Fonte: Check Point