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Campanha de ransomware foca em usuários finais do Windows

Por| Editado por Claudio Yuge | 14 de Outubro de 2022 às 22h20

Windows/Unsplash
Windows/Unsplash
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Falsas notificações de atualização do sistema operacional são as armas de uma nova campanha de contaminação com o ransomware Magniber, que atinge usuários finais do Windows 10 e 11. A partir de sites fraudulentos, os criminosos também ofertam produtos de segurança e induzem ao download de um arquivo em formato ZIP, que utiliza JavaScript para realizar a contaminação e travar os dados dos usuários.

Os operadores do ransomware, na sequência, pedem um resgate de US$ 2.500, aproximadamente R$ 13.270, para entregar uma ferramenta de liberação dos arquivos travados. De acordo com o time de inteligência em ameaças da HP, responsável pela divulgação dos ataques, diferentes versões do sistema operacional podem ser comprometidas, enquanto o uso de JavaScript permite ofuscar a contaminação de sistemas de segurança.

Isso acontece a partir de uma técnica chamada “DotNetToJScript”, que executa dados .NET na memória do sistema operacional; a partir deles, os códigos maliciosos são capazes de injetar novos processos e encerrar os próprios, também realizando ações no computador. Os atos envolvem apagar backups e mecanismos de recuperação do Windows, além de selecionar os arquivos que serão travados pelo ransomware.

A praga também é capaz de criar chaves de registro e explorar sistemas de controle de acesso da plataforma, resultando em uma exploração bem-sucedida e na exibição de uma nota de resgate. A ideia de acabar com cópias ocultas e demais mecanismos de recuperação dificulta o destravamento dos arquivos e aumenta a chance de os usuários realizarem o pagamento, cujo valor é considerado baixo diante da perda de dados em potencial.

Campanha de ransomware foca em usuários finais do Windows
Nota de resgate do ransomware Magniber, que usa arquivos JavaScript para travar arquivos a partir de links com atualizações falsas do Windows 10 e 11 (Imagem: Reprodução/HP Threat Research)

De acordo com a HP, a versão do Magniber usada no comprometimento é imperfeita, com casos de colisão de hash entre os arquivos travados e danos colaterais que podem impossibilitar uma recuperação até mesmo mediante pagamento. A disseminação em massa, também, vem sendo detectada em outras instâncias desde janeiro deste ano, com a nova campanha sendo apenas a mais recente a mirar pessoas comuns em um ambiente no qual o ransomware cada vez mais foca em grandes empresas e golpes com alto potencial de lucratividade.

O cuidado no clique e download de soluções é o melhor caminho para proteção. Os usuários devem evitar notificações em sites que prometam softwares de segurança, atualizações do Windows ou falem em problemas no computador, preferindo sites oficiais e sistemas da própria Microsoft para tais tarefas. Realizar backups e manter cópias separadas de arquivos também ajuda em caso de contaminação, enquanto o pagamento jamais deve ser realizado aos criminosos.

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Fonte: HP Threat Research