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SP vacina 30 mil pessoas para conter surto de meningite; entenda cenário

Por| Editado por Luciana Zaramela | 12 de Outubro de 2022 às 18h15

Prostock-studio/Envato Elements
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Após registrar cinco casos de meningite, incluindo um óbito, a cidade de São Paulo confirmou enfrentar um surto da doença que provoca inflamação das meninges — as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Para impedir novos casos na zona leste da capital, doses da vacina foram distribuídas para moradores dos distritos de Vila Formosa e Aricanduva. No total, 30 mil pessoas foram imunizadas.

"Foram vacinados os moradores, estudantes e trabalhadores em um perímetro de 3 quilômetros na região em que foram identificados cinco casos da doença, entre os dias 16 de julho e 15 de setembro", explica a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), em nota.

Quais vacinas contra a meningite foram usadas para conter o surto em São Paulo?

Durante o período de vacinação, foram aplicados dois tipos de vacina da meningite:

  • Vacina ACWY: destinado para adolescentes de 11 a 14 anos, que protege contra doenças causadas pela bactéria meningococo dos sorogrupos A C, W e Y;
  • Vacina Meningite C: aplicada em crianças de 3 meses a 10 anos e em pessoas de 15 a 64 anos. A fórmula protege contra o Vacina Meningite C, que foi o responsável por causar o surto na zona leste de São Paulo.

Doses do imunizante contra a meningite C serão aplicadas em quem mora, trabalha ou estuda na região até o dia 28 deste mês. A ideia é ampliar a ainda mais a cobertura vacinal contra a doença.

Mais casos de meningite em São Paulo

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Prefeitura de São Paulo aplica 30 mil doses de vacina para conter surto de meningite na zona leste (Imagem: CDC/Unsplash)
Prefeitura de São Paulo aplica 30 mil doses de vacina para conter surto de meningite na zona leste (Imagem: CDC/Unsplash)

Além do surto de meningite na zona leste de São Paulo, as autoridades de saúde confirmaram outras duas mortes pela doença nas últimas semanas. Pacientes tinham menos de 25 anos e moravam em bairros diferentes — zona sul e zona norte —, o que não configura um novo surto na capital. Por isso, as regiões não receberam doses extras de vacinas.

Para ser classificado um novo surto da doença meningocócica, é necessária a ocorrência de três ou mais casos do mesmo tipo de meningite em um período de 90 dias na mesma localidade (região).

Desde o começo deste ano, a prefeitura de São Paulo já identificou 58 casos de meningite meningocócica. No total, foram confirmados 10 óbitos relacionados à infecção. Apesar do número, este patamar é menor que o de 2019.

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"É importante enfatizar que não há um surto generalizado de meningite meningocócica na cidade de São Paulo e que, inclusive, o número de casos da doença é significativamente menor neste ano na comparação com 2019, ano pré-pandêmico", completa a SMS.

Fonte: Prefeitura de SP