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Mais uma da pandemia: rede social está causando tiques nervosos em jovens

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Setembro de 2021 às 17h40

Shyam Mishra/Unsplash
Shyam Mishra/Unsplash
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Uma tendência alarmante. Pelo menos, é isso o que afirma um estudo da Universidade de Calgary (Canadá). Essa tendência diz respeito a um número crescente de usuários de redes sociais (principalmente TikTok, segundo o estudo) desenvolvendo tiques, semelhantes aos caracterizados pela síndrome de Tourette, que consiste em um distúrbio do sistema nervoso que envolve movimentos repetitivos ou sons indesejados..

Essa tendência vem ocorrendo principalmente durante a pandemia, e na ausência de outras causas claras, os especialistas culpam o estresse do isolamento e da pandemia como um todo, bem como a exposição a outras pessoas que demonstram os tiques nas redes sociais.

A pesquisa, que foi publicada na revista científica Movement Disorders, mostra uma explosão internacional de casos de tiques entre meninas com idades entre 12 e 25 durante a pandemia, o que destaca uma distinção importante entre a Síndrome de Tourette e o que os usuários do TikTok estão experimentando. Tourette tende a começar a afetar as pessoas em idades mais jovens, inclinar-se mais para os meninos e causar tiques menos extremos. Além disso, muitas das pessoas que relataram esses tiques mais recentes também relataram ter tido transtornos de ansiedade ou humor.

Redes sociais podem causar tiques aos jovens, alerta estudo (Imagem: OksaLy/envato)
Redes sociais podem causar tiques aos jovens, alerta estudo (Imagem: OksaLy/envato)

Por causa dessas diferenças, os cientistas cunharam o termo “comportamentos semelhantes ao tique funcional” para descrever o rápido início de novos sintomas. Essa diferença, segundo os próprios autores do estudo, não torna os sintomas menos reais. "Alguns dos pacientes e familiares com quem falamos estão desesperados; precisamos de compaixão e compromisso para tentar ajudá-los", afirmam os pesquisadores. A pesquisa completa pode ser acessada aqui.

Fonte: Vice via Futurism