Qual a diferença entre alimentos diet, light e zero?
Por Fidel Forato | Editado por Luciana Zaramela | 27 de Fevereiro de 2022 às 17h00
Entre as prateleiras de um supermercado, há inúmeros produtos com os mais diferentes destaques nos rótulos — como os termos diet, light e zero. Popularmente, estes três termos estão associados a alimentos pouco calóricos, mas isso nem sempre é verdade. É preciso saber diferenciá-los, já que indicam pontos nutricionais diferentes em cada alimento.
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Para entender a diferença entre os produtos diet, light e zero, a nutricionista Tatiane Cortes Roso explica que é fundamental que as pessoas aprendem a ler o rótulo. Afinal, todos os ingredientes selecionados e as questões calóricas estão ali descritos.
A seguir, confira as principais características e diferenças entre os produtos diet, light e zero:
Diet
"Produtos diet são direcionados para pessoas com dietas especiais para certas doenças, como diabetes, hipertensão, obesidade, dislipidemia", explica a nutricionista para a Agência Brasil. Nesses produtos, costuma ocorrer a redução de algum nutriente.
Para ilustrar a questão, a especialista comenta que a indústria pode retirar o sódio de uma batata frita na sua versão diet. Nesse caso, a tendência é que o fabricante substitua o sódio por cloreto de potássio, como uma compensação. Somente no rótulo será possível identificar qual nutriente foi retirado ou substituído.
Outra questão é que nem sempre a redução dos nutrientes é total. “Pode haver residual de açúcares e gorduras totais no produto de, no máximo, 0,5 g por 100 g/ml”, comenta a nutricionista.
Por fim, não deve ser levado como uma regra que todo produto diet é menos calórico do que o tradicional. Este é o caso dos iogurtes, onde o teor de gordura é reduzido, mas o fabricante acrescenta outros elementos para substituir as gorduras totais, como amido, açúcares e espessantes.
Light
No caso de um alimento light, ele precisa apresentar uma redução de pelo menos 25% em algum dos seus componentes quando se compara com a sua versão tradicional. Normalmente, os nutrientes que podem ser reduzidos são: açúcar, gordura e sódio.
“Não basta só alegar que o produto foi reduzido em algum nutriente, é preciso compará-lo com uma versão convencional do mesmo alimento. Assim, o consumidor saberá se realmente houve redução em nutrientes e/ou valor energético”, reforça Roso.
Além disso, a especialista lembra que os alimentos light costumam ser indicados para dietas de emagrecimento. No entanto, um grande erro é exagerar na quantidade de consumo de um desses produtos — mais do que se faria com a sua versão original — e terminar ganhando peso. Afinal, eles ainda têm calorias e essas devem ser consideraras em uma dieta.
Zero
Agora, o termo zero é usado pela indústria quando o alimento não tem algum componente específico. A expressão costuma ser usada para destacar versões zero açúcar, gordura ou sódio. A diferença com o diet é que, aqui, outro nutriente não costuma ser usado para "repor" o sabor perdido.
Dessa forma, um produto zero açúcar pode ser consumido por uma pessoa que tenha diabetes, desde que cheque o rótulo e verifique se aquela composição pode, de fato, ser consumida na sua dieta.
Também podem entrar as pessoas que querem perder peso, já que a tendência é que menos açúcar e calorias sejam usados nos produtos que são zero. Novamente, vale ler o rótulo antes de colocar mais este item no carrinho de compras do supermercado.
Além dos produtos industrializados, pessoas que vivem com doenças crônicas ou que buscam perder peso podem se beneficiar de alimentos naturais e que não passaram por nenhum tipo de processamento na indústria alimentícia, como frutas e raízes. Nesses casos, é sempre indicado buscar o aconselhamento de um nutricionista.
Fonte: Agência Brasil