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Os 10 remédios mais importantes da história

Por| Editado por Luciana Zaramela | 16 de Julho de 2022 às 10h00

Myriam Zilles/Unsplash
Myriam Zilles/Unsplash
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Remédios, drogas ou medicamentos, chame como quiser: o desenvolvimento de substâncias que auxiliam os seres humanos a passar por doenças de forma segura percorre toda a história da nossa espécie, crescendo junto aos avanços científicos e, é claro, médicos. Para relembrar os bálsamos que mais se destacaram, preparamos uma lista dos 10 remédios mais importantes da história.

Os critérios para a lista são dois: primeiramente, falaremos dos medicamentos direcionados às condições que mais ameaçam nossas vidas, já que descobrir formas de combatê-las permitiu que tivéssemos uma base para eliminar ou diminuir a severidade de coisas que, anteriormente, nos matariam. Depois, consideramos a escala de uso das drogas em questão e a quantidade de pessoas que puderam ser tratadas.

10. Éter

O éter foi muito útil como anestésico, mas seu uso foi abandonado pelo risco de explosão, já que é uma substância volátil (Imagem: Danny S./CC-BY-3.0)
O éter foi muito útil como anestésico, mas seu uso foi abandonado pelo risco de explosão, já que é uma substância volátil (Imagem: Danny S./CC-BY-3.0)

Utilizado como medicamento pela primeira vez em 1846, o éter já era conhecido 300 anos antes do seu uso, mas ainda não se havia descoberto seu potencial como anestésico. Antes dele, desde cirurgias simples a amputações eram realizadas basicamente segurando o paciente na força bruta. A partir do éter, pudemos suprimir a atividade cerebral dos pacientes ao ponto de fazer operações complexas sem dor.

Nas últimas décadas, a medicina conseguiu desenvolver anestésicos mais efetivos e modernos, mas a base para tratar pessoas sem necessariamente sentir todos os procedimentos foi dada por esta importante substância.

9. Inibidores de protease do HIV

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Atualmente, a AIDS consegue ser inibida nos hospedeiros do vírus HIV mediante o uso de medicamentos (Imagem: AtlasComposer/Envato Elements)
Atualmente, a AIDS consegue ser inibida nos hospedeiros do vírus HIV mediante o uso de medicamentos (Imagem: AtlasComposer/Envato Elements)

Infecções pelo vírus do HIV começaram a ser documentadas globalmente em 1981: quatro anos depois, a medicina conseguiu identificá-lo como o agente que causava a síndrome da imunodeficiência adquirida (SIDA, ou, na sigla em inglês, AIDS). Durante os anos 1990, surgiu uma categoria de medicamento muito importante para o tratamento da doença: os inibidores de protease.

Os inibidores de protease do HIV, embora não tenham sido os primeiros remédios contra o vírus, puderam ajudar os médicos a diminuir os níveis da doença (com o auxílio de outras drogas) o suficiente para que os pacientes não desenvolvessem a AIDS, mesmo hospedando o patógeno. Dos 23 remédios distribuídos pelo Sistema Único de Saúde (SUS) contra a doença, 9 são inibidores de protease.

8. Quimioterapia

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A quimioterapia começou a ser feita nos anos 1940, mas evolui muito até os dias atuais (Imagem: bialasiewicz/envato)
A quimioterapia começou a ser feita nos anos 1940, mas evolui muito até os dias atuais (Imagem: bialasiewicz/envato)

O gás mostarda, utilizado primeiramente como arma durante a Primeira Guerra Mundial, foi um dos primeiros agentes usados para o tratamento do câncer, nos anos 1940 — apesar de matar as células cancerosas, ele também danificava muito as células saudáveis, reduzindo os índices de sobrevivência dos pacientes.

Depois, a primeira droga que provou sua utilidade contra o câncer em específico foi o metotrexato, que curou um coriocarcinoma em 1956. Nas décadas seguintes, avanços na quimioterapia incluíram diversas melhorias nos medicamentos e nos métodos de tratamento, aumentando as taxas de sobrevivência dos pacientes consideravelmente.

Atualmente, a quantidade de agentes quimioterápicos e programas de detecção da doença em estágios iniciais contribuem muito para a qualidade de vida dos pacientes de câncer por todo o mundo.

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7. Clorpromazina ou amplictil

A clorpromazina foi o primeiro antipsicótico, ajudando no avanço de drogas para combater a depressão e a ansiedade (Imagem: Nik Shuliahin/Unsplash)
A clorpromazina foi o primeiro antipsicótico, ajudando no avanço de drogas para combater a depressão e a ansiedade (Imagem: Nik Shuliahin/Unsplash)

A clorpromazina, descoberta em 1951, foi a primeira droga antipsicótica do mundo. A psiquiatria foi, de modo geral, muito mudada pelo aparecimento do remédio: pouco mais de 10 anos depois da sua descoberta, 50 milhões de pessoas já o utilizavam ao redor do mundo em tratamentos contra a esquizofrenia. O medicamento também pavimentou o caminho para tratamentos contra a ansiedade e depressão.

Os mecanismos pelos quais a droga atua ajudaram pesquisadores a entender seus efeitos em neurotransmissores cerebrais e como os impulsos são transmitidos pelos neurônios, ajudando a compreender como as doenças mentais funcionam. No Brasil, o nome popularizado comercialmente do remédio é amplictil.

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6. Vacina contra a poliomielite

A paralisia infantil, comum em quem teve poliomielite, foi quase erradicada do mundo (Imagem: Twenty20photos/Envato Elements)
A paralisia infantil, comum em quem teve poliomielite, foi quase erradicada do mundo (Imagem: Twenty20photos/Envato Elements)

Vacinas, embora tecnicamente não sejam drogas, fazem parte da medicina preventiva. A poliomielite, causada por um vírus que habita o trato intestinal e a garganta, já foi uma das principais causadoras de problemas motores no mundo. Após a introdução da vacina, em 1955, a doença foi erradicada em quase todos os lugares do mundo. Como o vírus ainda existe, crianças continuam precisando tomar o imunizante.

5. Aspirina

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A Aspirina surgiu, primeiramente, na forma de ácido acetilsalicílico, quando um farmacêutico da Bayer utilizou a substância para tratar o reumatismo do pai, em 1899. À época, acreditava-se que a aspirina aliviava a dor agindo no sistema nervoso central, mas hoje sabemos que a droga também serve para afinar o sangue e ajuda a prevenir doenças cardíacas e acidentes vasculares cerebrais.

Para pacientes com dores musculares, artrite ou dores de cabeça, no entanto, não é indicado tomar a medicação, já que seus efeitos colaterais podem ser mais séries nesses casos. A droga é melhor utilizada para efeito analgésico.

4. Morfina

Ampola de morfina com agulha integrada para aplicação, utilizada durante a Segunda Guerra Mundial (Imagem: Gaius Cornelius/CC-BY-3.0)
Ampola de morfina com agulha integrada para aplicação, utilizada durante a Segunda Guerra Mundial (Imagem: Gaius Cornelius/CC-BY-3.0)
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A morfina foi descoberta pelo farmacêutico alemão Freidrich Serturner no início dos anos 1800, tornando-se um produto difundido comercialmente pela Merck em 1827. Seu uso chegou ao ápice, no entanto, quando começou a ser aplicada através de uma seringa hipodérmica em 1852. Apesar de viciante, a medicina considera os benefícios do sedativo como muito superiores às desvantagens que pode trazer.

O uso da morfina proporcionou qualidade de vida a milhões de pessoas com ferimentos graves ou condições médicas mais sérias desde sua descoberta, que também deu caminho a novas gerações de remédios contra a dor, hoje podendo ser comprados até mesmo sem receita em farmácias por todo o mundo.

3. Vacina contra a varíola

A vacina contra a varíola foi um dos maiores avanços da medicina, já que a doença era tão mortal quanto o câncer anteriormente (Imagem: James Gathany/CDC)
A vacina contra a varíola foi um dos maiores avanços da medicina, já que a doença era tão mortal quanto o câncer anteriormente (Imagem: James Gathany/CDC)
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A varíola já foi uma doença tão mortal quanto câncer ou problemas cardíacos, e um dos maiores desafios já enfrentados pela humanidade. Após o desenvolvimento da vacina contra a condição em 1798, no entanto, ela se tornou uma das primeiras doenças a ser erradicada do nosso planeta, sendo uma das maiores conquistas do ser humano.

2. Insulina

Sem a insulina, os diabéticos não poderiam levar uma vida normal sem dietas extremamente restritivas (Imagem: Dennis Klicker/Unsplash)
Sem a insulina, os diabéticos não poderiam levar uma vida normal sem dietas extremamente restritivas (Imagem: Dennis Klicker/Unsplash)

Pessoas com diabetes avançada não conseguem produzir insulina, um hormônio envolvido na conversão de açúcar em energia, em quantidades suficientes para sobreviver se alimentando normalmente. Antes de 1922, quando começou a ser administrada como remédio, os pacientes precisavam fazer uma dieta que quase levava à inanição.

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Além de ajudar diabéticos a viver uma vida normal, a insulina também pavimentou o caminho para as atuais terapias de reposição hormonal.

1. Penicilina

A penicilina foi o primeiro antibiótico da história, que revolucionou a história para sempre (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)
A penicilina foi o primeiro antibiótico da história, que revolucionou a história para sempre (Imagem: Tomaz Silva/Agência Brasil)

Descoberta em 1928, mas utilizada apenas em 1942, a penicilina foi o primeiro antibiótico a ser usado oficialmente pelo ser humano. Um verdadeiro marco histórico, o advento da substância levou ao tratamento de inúmeras doenças bacterianas, salvando cerca entre 80 milhões e 200 milhões de vidas desde então.

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Calcula-se que 75% das pessoas vivas hoje não existiriam sem a penicilina, já que seus ancestrais teriam provavelmente morrido em decorrência de infecções. Ela trata desde pneumonia a escarlatina, além de infecções no ouvido, pele e garganta. Só em 2010, mais 7,3 bilhões de unidades do medicamento foram administradas em todo o mundo.

Seu uso indiscriminado, no entanto, criou uma resistência geral a antibióticos, e algumas superbactérias têm evoluído em resposta aos efeitos do medicamento.

Fonte: Proclinical