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Exposição a alumínio aumenta atividade de genes do Parkinson, segundo estudo

Por| Editado por Luciana Zaramela | 29 de Julho de 2022 às 09h30

Kier In Sight/Unsplash
Kier In Sight/Unsplash
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A exposição ao alumínio aumenta a atividade de vários genes relacionados à doença de Parkinson. As informações vêm de um estudo publicado na revista científica Chemosphere, que lança luz sobre as propriedades neurotóxicas do elemento químico.

O alumínio não desempenha um papel normal no metabolismo humano. Na verdade, a exposição pesada a esse elemento pode ter efeitos tóxicos nos órgãos do corpo, mas os mecanismos exatos de como afeta o corpo não são bem compreendidos pelos cientistas por enquanto.

No estudo, pesquisadores conduziram uma série de experimentos onde expuseram um peixe-zebra a uma solução de alumínio por 10, 15 ou 20 dias, e então analisaram o cérebro. Essa avaliação indicou que a exposição ao alumínio no cérebro foi maior após 15 dias de exposição.

Em peixes não expostos ao alumínio, as análises do tecido cerebral mostraram “estruturas bem definidas em todas as áreas do órgão”. Em contraste, em peixes expostos ao alumínio, houve “uma desorganização celular acentuada”. Os especialistas acreditam que essas alterações sejam causadas pela alteração dos vasos sanguíneos do cérebro.

Alumínio x Parkinson

Exposição a alumínio aumenta atividade de genes ligados ao Parkinson (Imagem: Aew/Rawpixel)
Exposição a alumínio aumenta atividade de genes ligados ao Parkinson (Imagem: Aew/Rawpixel)

Peixes expostos ao alumínio também mostraram sinais de degeneração cerebral, e outras análises sugeriram que o elemento reduzia os níveis cerebrais de mielina, uma cobertura gordurosa em torno das células nervosas que as ajuda a enviar sinais elétricos. Outras alterações incluíram a atividade das células gliais, uma ampla classe de células do sistema nervoso que não enviam sinais elétricos, também foram observadas.

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O estudo reforma informações de que a exposição ao alumínio pode promover o estresse oxidativo, um tipo de dano celular que tem sido associado ao desenvolvimento e progressão do Parkinson. Os cientistas perceberam um aumento da expressão de 10 genes relacionados à doença.

De qualquer forma, o estudo conclui que “os dados de expressão gênica não fornecem uma imagem completa da ligação entre a exposição ao alumínio e o início de Parkinson, que precisa de mais investigação; no entanto, eles apoiam e confirmam a capacidade do alumínio de ter uma ação neurotóxica e um papel na ativação da neurodegeneração”.

Fonte: Chemosphere via Parkinson News Today