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Cientistas encontram linhagem misteriosa do coronavírus em esgotos dos EUA

Por| Editado por Luciana Zaramela | 03 de Fevereiro de 2022 às 14h37

  Abdelrahman_El-masry/Envato
Abdelrahman_El-masry/Envato
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Em um estudo publicado nesta quinta (3) na revista científica Nature Communications, especialistas descreveram a descoberta de uma misteriosa linhagem do coronavírus nos esgotos de Nova York (EUA). Esses fragmentos virais têm mutações nunca encontradas antes em pacientes humanos, e já circulam há aproximadamente um ano nas águas residuais da cidade.

Por enquanto, não há evidências apontando que essa linhagem seja perigosa para a saúde humana, mas os pesquisadores seguem intrigados acerca de sua origem. Segundo uma das teorias, o vírus teria surgido de pessoas cujas infecções não estão sendo capturadas por sequenciamento. Enquanto isso, outra teoria sugere que as linhagens poderiam vir de animais infectados, como os ratos da cidade.

Desde o início da pandemia, a equipe já coletou amostras de água de 14 estações de tratamento de esgoto da cidade. Em janeiro de 2021, os cientistas começaram a fazer o sequenciamento direcionado das amostras. O curioso de tudo isso é que os especialistas de Nova York não foram os únicos: pesquisadores da UC Berkeley também chegaram a encontrar sequências semelhantes em um esgoto da Califórnia.

Cientistas encontram linhagem misteriosa do coronavírus em esgotos dos EUA (Imagem: photocreo/Envato)
Cientistas encontram linhagem misteriosa do coronavírus em esgotos dos EUA (Imagem: photocreo/Envato)

De qualquer forma, a ideia dos cientistas é descobrir a origem dessas linhagens enigmáticas, e compreender definitivamente por que elas continuam aparecendo nas mesmas estações de tratamento de esgoto. Uma das preocupações é que algumas delas apresentam as mesmas mutações que Ômicron, e experimentos de laboratório sugerem que essas linhagens também podem escapar de alguns anticorpos.

O artigo da Nature menciona que, embora a grande maioria do material genético na água tenha vindo de humanos, pequenas quantidades de RNA de cães, gatos e ratos também estavam presentes nas amostras.

Fonte: Nature Communications via The New York Times