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Cientistas detectam enzima relacionada ao Alzheimer em exame de sangue

Por| Editado por Luciana Zaramela | 04 de Maio de 2022 às 16h19

grafvision/envato
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Cientistas da University of California San Diego conseguiram detectar uma enzima — PHGDH — relacionada ao Alzheimer, através de um simples exame de sangue. A descoberta foi publicada na revista científica Cell Metabolism na última terça-feira (3).

Quando essa enzima apresenta níveis elevados, pode representar um sinal de alerta precoce de Alzheimer, e para compreender isso a fundo, os pesquisadores analisaram o tecido cerebral, o que permitiu perceber a relação entre a PHGDH e a doença mesmo no estágios iniciais, antes dos sintomas cognitivos se manifestarem.

As descobertas também alertam contra o uso de suplementos alimentares que contêm o aminoácido serina como remédio para a doença de Alzheimer. Como o PHGDH é uma enzima chave na produção de serina, o aumento da expressão de PHGDH encontrado em pacientes com Alzheimer sugere que a taxa de produção de serina no cérebro também aumenta. Isso significa que tomar doses dessa substância pode não trazer benefícios como se pensava.

Cientistas detectam enzima relacionada ao Alzheimer em exame de sangue (Imagem: Aew/Rawpixel)
Cientistas detectam enzima relacionada ao Alzheimer em exame de sangue (Imagem: Aew/Rawpixel)

Para o estudo, os pesquisadores analisaram amostras de sangue de idosos e analisaram dados genéticos de cérebros humanos (coletados post-mortem) de indivíduos com 50 anos ou mais. Em seguida, compararam os níveis de PHGDH com resultados de avaliações clínicas que classificavam a memória, a capacidade cognitiva e a gravidade da doença. O estudo concluiu que, quanto pior a classificação, maior a expressão de PHGDH no cérebro.

Entretanto, o grupo não descobriu exatamente como a alteração da PHGDH afeta os resultados da doença, e o próximo passo dos pesquisadores é descobrir exatamente isso. A intenção é que, com esse conhecimento em mãos, os especialistas possam encontrar novas formas de combater o Alzheimer.

Inclusive, a ciência tem se concentrado notavelmente nessa luta. No último dia 20, pesquisadores norte-americanos conseguiram detectar Alzheimer com o auxílio da inteligência artificial, ao analisar os padrões da glicose nos cérebros de pacientes com altas chances de desenvolver a doença. Na última terça (3), o Canaltech noticiou um app desenvolvido por cientistas da University California San Diego pode detectar traços de TDAH e Alzheimer através de fotografias dos olhos.

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Fonte: Cell Metabolism, UC San Diego News Center