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Brasil recebe 9,8 mil doses da vacina para monkeypox; saiba quem vai tomar

Por| Editado por Luciana Zaramela | 07 de Outubro de 2022 às 12h20

Gumpanat/Envato
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Nesta semana, o Brasil recebeu o primeiro lote com 9,8 mil doses da vacina Jynneos para a imunização contra a varíola dos macacos (monkeypox). Profissionais de saúde não devem receber as primeiras doses, já que o uso será destinado para um estudo científico. Os imunizantes desembarcaram no Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo.

Diferente do que tinha sido inicialmente planejado, o Ministério da Saúde irá realizar um estudo com as doses recém-recebidas da vacina para a monkeypox. Além da pasta, estão envolvidos no estudo a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A vacina Jynneos já é usada, através de licenças de uso emergencial, nos Estados Unidos e em partes do continente europeu, como o Reino Unido. No entanto, as evidências são limitadas sobre o efeito do imunizante no mundo real (efetividade) contra a monkeypox. Por isso, a ideia da Saúde é comandar um estudo nacional, buscando estimar esta proteção. No futuro, os resultados devem "orientar a decisão dos gestores" sobre o melhor uso da fórmula, aponta a pasta.

Primeiro lote com 9,8 mil doses da vacina da monkeypox chega ao Brasil (Imagem: SteveAllenPhoto999/Envato)
Primeiro lote com 9,8 mil doses da vacina da monkeypox chega ao Brasil (Imagem: SteveAllenPhoto999/Envato)

Quem vai tomar a vacina contra a varíola dos macacos no Brasil?

Como o Ministério da Saúde planeja realizar um estudo com a vacina para monkeypox, a população-alvo será "formada por pessoas mais afetadas e com maior risco para a doença", afirma a pasta. Inicialmente, dois grupos devem ser considerados:

  • Pessoas em pós-exposição para o vírus da monkeypox, ou seja, que tiveram contato prolongado com caso confirmado da doença;
  • Pessoas com risco potencial de infecção da monkeypox. Nesse grupo, entram os indivíduos que usam profilaxia pré-exposição (PrEP) para o HIV ou que estão em tratamento com antirretroviral para o vírus da Aids. Em outras palavras, pessoas com comportamentos associados ao maior risco do HIV ou que já convivem com o vírus.
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"Serão divulgados em breve os centros de pesquisa que serão incluídos, considerando as cidades com elevados números de casos confirmados da doença e a infraestrutura disponível para a condução do estudo", esclarece a Saúde sobre os próximos passados do estudo. No momento, não há previsão oficial para que isso aconteça.

Por que os médicos não irão receber a vacina da monkeypox?

Médicos e profissionais da saúde não irão receber a vacina da monkeypox neste momento (Imagem: DragonImages/Envato)
Médicos e profissionais da saúde não irão receber a vacina da monkeypox neste momento (Imagem: DragonImages/Envato)

A partir dos dados disponíveis, os profissionais de saúde, como médicos e enfermeiros, não têm elevado risco de exposição para a monkeypox. Segundo a Saúde, "esses profissionais realizam coleta e atendimento aos pacientes com equipamento de proteção individual", o que limita a exposição. "Caso haja algum contato prolongado e sem proteção com algum paciente, esse profissional poderá ser recrutado", esclarece sobre a possibilidade.

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Quando mais doses da vacina para monkeypox vão chegar ao Brasil?

Através da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas), o Brasil adquiriu 50 mil doses da vacina contra a varíola dos macacos, sendo que, no momento, apenas um lote desembarcou no país. Os outros devem chegar até o mês de dezembro. Além das doses já adquiridas, o Ministério da Saúde afirma que "segue em tratativas para aquisição de novas doses da vacina".

Casos da varíola dos macacos no Brasil

Segundo a última atualização, feita na quinta-feira (7), a Saúde contabiliza 8.270 casos oficiais da varíola dos macacos no Brasil, incluindo três mortes. Além disso, outros 4.566 casos são considerados suspeitos para a infecção e aguardam o resultado dos exames.

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A seguir, confira os cinco estados que mais registram casos da monkeypox:

  • São Paulo: 3.820 casos da varíola dos macacos;
  • Rio de Janeiro: 1.117 casos;
  • Minas Gerais: 514 casos;
  • Goiás: 503 casos;
  • Ceará: 332 casos.

Fonte: Ministério da Saúde