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Fundador do WhatsApp se declara “vendido” por ter negociado app com Facebook

Por| 26 de Setembro de 2018 às 14h47

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Brian Acton chamou a si mesmo de “vendido” em entrevista para a Forbes. Ele é cofundador do WhatsApp e se deu este título por ter negociado a rede social com o Facebook. Na entrevista, ele considera que vendeu a privacidade dos usuários para que a empresa de Mark Zuckerberg usasse para outros propósitos.

Acton é já um velho crítico da utilização de dados como forma de monetização. Antes da compra do Facebook em 2014, o app mensageiro era financiado primordialmente por conta de uma assinatura anual irrisória, além de investimentos externos.

Ele e seu parceiro Jan Koum fundaram o WhatsApp em 2009 e venderam a empresa pelo contrário recorde de US$ 22 bilhões. Desde então, o programa passou a não cobrar mais assinatura anual de seus usuários.

Na entrevista, ele conta: “No fim, eu vendi minha companhia. Vendi a privacidade dos usuários para um benefício maior. Fiz a escolha e me comprometi. E convivo com isso todos os dias”.

Esta não é a primeira vez que Acton fala sobre o tema. Em setembro do ano passado, ele deixou seu cargo de diretor do WhatsApp no Facebook. Embora tenha dado um discurso polido à época, era conhecido por funcionários e imprensa o seu desgosto pelo modelo de negócio do app. Somou também a diminuição de independência do WhatsApp em relação a outros produtos.

Atualmente, Acton trabalha como como presidente da Signal Foundation, organização que defende regras de privacidade para aplicativos de mensagem, redes sociais e outras empresas de telecomunicações. Sozinho, Acton investiu US$ 50 milhões no Signal, app para envio de mensagens encriptadas com foco em maior privacidade e segurança dos dados.

Outra crítica de Acton em relação à sua antiga empresa foi no caso do Cambridge Analytica, que resultou no uso indevido de dados de 84 milhões de usuários do Facebook. Como o app mensageiro troca informações com a rede social, Acton se mostrou preocupado com a privacidade usuários de ambos programas.

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Na época, ele foi um dos que aderiram à campanha #deletefacebook. Quase no fim da entrevista, ele dispara: “Eu sou um vendido, tenho conhecimento disso”.

Fonte: Forbes