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Com 2 bilhões de usuários únicos por mês, YouTube quer mais anunciantes

Por| 03 de Maio de 2019 às 18h55

Com 2 bilhões de usuários únicos por mês, YouTube quer mais anunciantes
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O YouTube alcançou a marca de 2 bilhões de usuários únicos por mês em todo o mundo. O número representa uma alta de 5% em relação ao mesmo período do ano passado.

Os dados foram divulgados na quinta-feira (2) pela CEO do YouTube, Susan Wojcicki. O tempo de exibição dos vídeos em TVs também cresceu: até março de 2019, a plataforma registrou 250 milhões de horas por dia. Um impressionante aumento de 39% em menos de um ano, excluindo os dados do serviço de TV paga da Google, o YouTube TV.

Esta abrangência é um dos argumentos da plataforma de vídeos ao tentar convencer anunciantes de que eles não deveriam mais gastar dinheiro com a TV tradicional. Vale ressaltar que a maior parte do tempo de exibição (mais de 70%) ainda vem de dispositivos móveis.

Tanto na TV quanto em smartphones, o YouTube consegue atingir mais consumidores dos Estados Unidos com idade entre 18 e 49 anos do que todas as redes de TV a cabo combinadas no período de uma semana, afirmou o presidente das Américas do Google, Allan Thygesen.

Os dados do YouTube são confirmados por pesquisas independentes. Apesar de a Netflix ser a plataforma preferida para exibição de vídeos em telas de TV, o YouTube ocupa o segundo lugar entre os consumidores de 18 a 34 anos, segundo uma pesquisa da Cowen & Co. divulgada em fevereiro. E este é um ponto crítico para os anunciantes: a Netflix não oferece publicidade. A pesquisa indica que o YouTube não bate apenas a TV aberta, mas também emissoras da TV paga como a fonte preferida de entretenimento entre os millennials.

Pesquisa mostra quais plataformas os usuários mais usam para assistir conteúdo na TV
Pesquisa mostra quais plataformas os usuários mais usam para assistir conteúdo na TV

Para este ano, o YouTube anunciou que vai liberar sua programação original, incluindo as séries Cobra Kai, Liza On Demand e Impulse, gratuitamente para os usuários, mas com o suporte de anúncios.

Durante o evento, a plataforma ainda anunciou que está dirigindo conteúdos com celebridades para o próximo ano. Um projeto "supersecreto" com Justin Bieber está no cronograma, além de documentários sobre Paris Hilton e o artista latino Maluma, e uma renovação de What the Fit de Kevin Hart.

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Em parceria com o YouTube, a cantora Alicia Keys lançou seu novo programa de entrevistas chamado Unwind, disponível em seu canal. A comediante Tiffany Haddish apareceu no evento do YouTube e disse que planeja criar o seu próprio programa em que ela realiza "intervenções" para colecionadores de itens de celebridades.

Polêmica com anúncios

Apesar dos dados positivos, o YouTube ainda enfrenta grandes problemas com os vídeos que são publicados em sua plataforma. Em 2017, a plataforma não soube lidar com os anúncios exibidos em vídeos extremistas, de temas políticos e religiosos. Mais recentemente, as marcas chegaram a retirar suas propagandas do site quando algo parecido se repetiu: anúncios passaram a ser exibidos em vídeos alimentados por uma rede de pedofilia.

Enquanto isso, a Google, dona do YouTube, tenta minimizar o problema de vídeos violentos e com discurso de ódio no YouTube. Em uma carta ao Comitê de Segurança Interna da Câmara, divulgada na quinta-feira, a empresa disse que normalmente remove de 7 a 9 milhões de vídeos do YouTube por trimestre, o que é "uma fração de 1% do total de visualizações do YouTube durante esse período". De acordo com a empresa, são gastos centenas de milhões de dólares por ano identificando e removendo conteúdos que violem suas diretrizes.

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Em seu discurso a executivos, a CEO do YouTube discorreu brevemente sobre os esforços contínuos da plataforma para torná-la mais limpa. "Deixe-me ser muito clara: Cumprir a nossa responsabilidade é a minha prioridade número 1", disse ela, alegando que o YouTube está fazendo "progressos significativos" nesta frente.

Fonte: Variety