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Nova imagem do James Webb mostra uma quantidade absurda de galáxias

Por| Editado por Rafael Rigues | 19 de Agosto de 2022 às 10h15

NASA/ESA/CSA/STSc
NASA/ESA/CSA/STSc
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O telescópio James Webb continua surpreendendo os astrônomos, dessa vez com a imagem mais ampla já fotografada por ele. A imagem é um mosaico de 690 quadros individuais tirados com a Near Infrared Camera (NIRCam), revelando inúmeras galáxias nunca vistas antes.

Este mosaico cobre uma área cerca de oito vezes maior que a primeira imagem de campo profundo do Webb, anunciada em 12 de julho. A resolução da imagem e o tamanho do arquivo são tão grandes (31.200 x 10.000 pixels e 256 MB) que a equipe do Cosmic Evolution Early Release Science Survey (CEERS) recomenda não abrir em um celular.

Cientistas do CEERS olhando para o mosaico no laboratório de visualização da TACC (Imagem: Reprodução/R. Larson)
Cientistas do CEERS olhando para o mosaico no laboratório de visualização da TACC (Imagem: Reprodução/R. Larson)

Cientistas do CEERS disseram que o mosaico é de um pedaço do céu perto da constelação Ursa Maior. Rebecca Larson, parte da equipe, encoraja todos a baixar as imagens de alta resolução para ampliar e explorar. Se seu PC "aguentar o tranco", claro.

A recomendação de baixar as imagens em alta resolução é por um motivo muito simples: você não conseguirá ver a riqueza de detalhes, em versões reduzidas, como o recorte do tweet incorporado abaixo. “O grande número de galáxias que capturamos é inspirador!” disse Larson.

Com a imagem completa, você encontrará muitas galáxias incríveis e poderá explorar a diversidade de cores e formatos, inclusive algumas que parecem estar em fusão. As cores também indicam a distância dessas galáxias — azuis estão muito mais perto da Via Láctea que as mais vermelhas.

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O efeito visual que explica a relação entre cores é conhecido como redshift (desvio para o vermelho). Mas galáxias azuis também podem ser grandes formadoras de estrelas — as estrelas mais jovens e quentes costumam ser azuis, então a galáxia pode ser uma formadora de estrelas gigantes.

Alguns dos detalhes mais interessantes do mosaico foram destacados pela equipe do CEERS na imagem abaixo.

Mosaico do James Webb revela milhares de galáxias (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STSc/R. Larson)
Mosaico do James Webb revela milhares de galáxias (Imagem: Reprodução/NASA/ESA/CSA/STSc/R. Larson)

A imagem número 1 é uma espiral azul com alguns aglomerados bem visíveis — eles são pequenos bolsões de estrelas se formando. Já a imagem nº 2 foi apelidada de Pacman, enquanto a nº 3 foi chamada de Space Kraken e está a 9 bilhões de anos-luz de distância da Via Láctea.

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Por fim, a imagem nº 4 mostra galáxias em interação, com um pontinho brilhante que pode ser a primeira supernova já encontrada pelo James Webb; a nº 5 é uma espiral com quantidade imensa de estrelas (a quantidade de detalhes em uma galáxia a 6,4 bilhões de anos-luz de distância impressionou os astrônomos); e finalmente muitas galáxias em interação.

Estes são os resultados da Epoch 1, a primeira rodada de dados do James Webb que cobre menos da metade da área total de pesquisa do CEERS. Ainda assim, as imagens já anunciadas levaram a muitas descobertas e quantidades inesperadas de galáxias, segundo Larson.