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Nova foto da sonda Mars Express revela rico histórico geológico de Marte

Por| Editado por Patricia Gnipper | 27 de Janeiro de 2022 às 15h09

ESA/DLR/FU Berlim
ESA/DLR/FU Berlim
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Uma nova foto tirada pela sonda Mars Express revela o rico histórico geológico da superfície de Marte. Próximo ao maior vulcão do Sistema Solar — o Monte Olimpo —, é possível observar grandes estruturas como outros vulcões, crateras de impacto e até um antigo mar de lava.

Na imagem, duas estruturas circulares se destacam: um antigo vulcão cuja estrutura se eleva ligeiramente sobre a paisagem com suas caldeiras colapsadas e, na parte superior, uma cratera de impacto — cada uma com uma história de formação distinta.

A caldeira principal do vulcão Jovis Tholus tem 28 km de extensão (Imagem: Reprodução/ESA/DLR/FU Berlin)
A caldeira principal do vulcão Jovis Tholus tem 28 km de extensão (Imagem: Reprodução/ESA/DLR/FU Berlin)

Bem próximo ao Monte Olimpus, está o vulcão Jovis Tholus, cuja estrutura revela uma longa atividade eruptiva em seu passado. Ao todo, ele possui cinco crateras, sendo que a maior, localizada no centro, tem 28 km de extensão.

As caldeiras do pequeno vulcão descem em direção ao sudeste e ali encontram um antigo mar de lava que envolve toda a base vulcânica. Ele cobre algo em torno de 1 km do relevo original do Jovis Tholus — como revela a faixa ao redor dele.

Imagem topográfica da região, cujas partes mais baixas são representadas em azul e roxo e, a mais altas, em branco e vermelho (Imagem: Reprodução/ESA/DLR/FU Berlin)
Imagem topográfica da região, cujas partes mais baixas são representadas em azul e roxo e, a mais altas, em branco e vermelho (Imagem: Reprodução/ESA/DLR/FU Berlin)

Ao redor do vulcão, antigos fluxos de lava aparecem como linhas. Na verdade, são um conjunto de falhas geológicas chamadas graben, que foram preenchidas pelo material vulcânico. No leste de Jovis Tholus, um pequeno vulcão aparece apenas como um leve relevo.

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Impacto na água de Marte

Talvez o mais interessante dessa imagem seja a cratera de impacto ao norte da região, com cerca de 30 km de largura, criada pela colisão de um asteroide ou cometa. O material lançado pelo impacto aparece como pétalas ao redor do grande buraco — indicando que ali havia um solo rico em gelo ou água.

A imagem mais ampla é o resultado de dois registros feitos em 13 de maio e 2 de junho de 2021 pela Mars Express (Imagem: Reprodução/NASA/MGS/MOLA Science Team)
A imagem mais ampla é o resultado de dois registros feitos em 13 de maio e 2 de junho de 2021 pela Mars Express (Imagem: Reprodução/NASA/MGS/MOLA Science Team)

Mais a noroeste da cratera, outras características revelam o passado aquático da região, como os diversos canais observados na imagem mais ampla. Cientistas acreditam que os vulcões da região tenham derretido o gelo subterrâneo, o qual vazou por esses canais.

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A imagem revela como apenas um pedaço da paisagem marciana pode revelar sua história geológica. Desde 2003, a Marx Express orbita Marte, mapeando sua superfície e sua tênue atmosfera, bem como os ventos solares que interagem com ela.

Fonte: ESA