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Júpiter faz a maior aproximação dos últimos 59 anos nesta semana! Saiba como ver

Por| Editado por Patricia Gnipper | 26 de Setembro de 2022 às 09h15

NASA/Damian Peach,
NASA/Damian Peach,
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Na noite deste dia 26 de setembro, Júpiter fica em oposição, ou seja, em sua posição mais próxima da Terra. Isso significa que hoje é o dia mais apropriado para a observação, caso deseje ver o planeta gigante brilhando no céu bem mais que o usual. Melhor ainda, esta fica marcada como a maior aproximação de Júpiter com a Terra nos últimos 59 anos.

O que é oposição?

Quando a Terra se posiciona exatamente entre o Sol e um planeta (como Marte, Júpiter e Saturno), os astrônomos dizem que estes mundos estão em oposição. Essas ocasiões são semelhantes à Lua cheia: é possível ver os planetas "cheios", com sua face voltada para nós totalmente iluminada.

Na oposição, os planetas parecem maiores aos nossos olhos, pois a luz do Sol é refletida diretamente em direção à Terra. Somente os planetas que estão além da órbita da Terra podem estar em oposição, já que a Terra nunca estará entre o Sol e os planetas mais internos (Mercúrio ou Vênus).

O resultado é o corpo celeste surgindo no Leste enquanto o Sol se põe no Oeste. Do mesmo modo, o planeta desaparece no Oeste quando o Sol estiver nascendo no Leste.

Como as órbitas dos planetas são ligeiramente elípticas, existem algumas oposições ainda mais especiais. É que às vezes a oposição coincide com uma aproximação ainda maior, resultando em uma observação mais interessante.

Oposição de Júpiter

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Oposição de Júpiter às 20h, sem nenhum concorrente em luminosidade no céu (Imagem: Reprodução/Stellarium)
Oposição de Júpiter às 20h, sem nenhum concorrente em luminosidade no céu (Imagem: Reprodução/Stellarium)

A oposição de Júpiter ocorre a cada 13 meses, mas dessa vez as órbitas elípticas fazem com que sua aproximação da Terra seja a maior dos últimos 59 anos. A olho nu, o brilho do planeta fica ainda mais notável que o normal, enquanto os donos de telescópios domésticos podem observar as faixas, manchas e luas Jovianas com mais detalhes.

Nesta segunda-feira (26), Júpiter fica a aproximadamente a 600 milhões de quilômetros de distância da Terra, mais ou menos o mesmo que ocorreu em 1963. Entretanto, a observação também foi muito boa alguns dias antes e depois da oposição. Para ajudar, a Lua está no lado oposto, entre o Sol e a Terra — ou seja, em fase Nova —, o que favorece ainda mais a visão do planeta.

Como observar Júpiter em oposição

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O planeta Joviano concorre com as estrelas mais brilhantes do céu, competindo até mesmo com Sirius, a mais brilhante de todas. Aliás, Sirius nasce no horizonte à meia-noite, então fica a meio-céu de distância de Júpiter, tornando o planeta ainda mais destacado para os olhos nus.

Se você estiver em uma região com pouca poluição luminosa (em áreas mais afastadas dos centros urbanos, com pouca iluminação) e o tempo estiver limpo, você pode ver até mesmo as luas galileanas (Ganímedes, Europa, Calisto e Io) com um simples par de binóculos com 50mm de abertura. Lembre-se, Galileu descobriu esses objetos com uma luneta feita em 1610!

Simulação de Júpiter observado no dia 26 com um telescópio de 125mm de abertura e ocular de 6mm (Imagem: Reprodução/Stellarium)
Simulação de Júpiter observado no dia 26 com um telescópio de 125mm de abertura e ocular de 6mm (Imagem: Reprodução/Stellarium)

Claro, com instrumentos maiores você pode ver características mais detalhadas da superfície gasosa de Júpiter. Com binóculos ou pequenos telescópios de 70mm de abertura (dependendo da distância focal), você observa algumas faixas alaranjadas e brancas, enquanto telescópios a partir de 100mm revelaram ainda mais características fascinantes.

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Não é difícil identificar o objeto mais luminoso desta noite: a olho nu, Júpiter fica em destaque no céu logo após o pôr-do-Sol, até o amanhecer de terça-feira (27) — mas é preferível esperar até que ele esteja um pouco mais acima do horizonte. Observadores com binóculos também podem aproveitar a noite inteira para apreciá-lo.

Donos de câmeras DSLR podem fotografar o planeta ao longo de algumas horas e montar animações destacando o movimento das luas galileanas. O mesmo pode ser feito com montagens de telescópios com câmeras para registrar a rotação rápida de Júpiter.

Fonte: NASA