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Telescópio James Webb faz novas fotos incríveis de Júpiter

Por| Editado por Rafael Rigues | 22 de Agosto de 2022 às 15h30

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NASA, ESA, CSA, Jupiter ERS Team/Judy Schmidt
NASA, ESA, CSA, Jupiter ERS Team/Judy Schmidt

O telescópio espacial James Webb tirou novas fotos impressionantes de Júpiter. As imagens foram capturadas no dia 27 de julho na luz infravermelha, mas foram divulgadas somente nesta segunda-feira (22). As imagens foram coloridas artificialmente em uma colaboração com a cientista cidadã Judy Schmidt para destacar formações específicas do gigante gasoso, como os discretos anéis do planeta, algumas de suas luas e, claro, a Grande Mancha Vermelha.

As imagens são o resultado de observações científicas do planeta para o programa Publicação Científica Preliminar, e foram lideradas por Imke de Pater, astrônoma planetária e professora da Universidade da Califórnia, junto de Thierry Fouchet, professor do Observatório de Paris. “Nunca vimos Júpiter assim. É tudo realmente incrível”, descreveu de Pater.

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Além da Grande Mancha Vermelha, a maior tempestade do Sistema Solar, as fotos mostram outras pequenas tempestades com formato oval e auroras brilhantes nos polos do planeta. “Embora já tenhamos observado muitas dessas características de Júpiter antes, os comprimentos de onda da luz infravermelha do Webb nos dão uma nova perspectiva”, disse ela.

O instrumento Near Infrared Camera (NIRCam) capturou também uma imagem com amplo ângulo de visão, que mostra os anéis de Júpiter e as luas Amalthea e Adrastea. “Ela revela ondas brilhantes, redemoinhos e vórtices na atmosfera de Júpiter, e ao mesmo tempo, captura o sistema escuro de anéis, um milhão de vezes menos brilhante que o planeta, além das luas Amalthea e Adrastea, com 200 e 20 km de diâmetro, respectivamente”, disse Fouchet.

“Essa única imagem resume a ciência do nosso programa que estuda a dinâmica e a química do próprio planeta, seus anéis e seu sistema de satélites”, explicou Fouchet. Os cientistas já começaram a analisar os dados do telescópio para, assim, chegar a novos resultados científicos e entender melhor o maior planeta do Sistema Solar.

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Como as fotos foram produzidas

Os dados capturados por telescópios como o Webb contêm informações sobre o brilho da luz observada pelos detectores do telescópio. Essas informações são transmitidas na forma “crua” ao Instituto de Ciência do Telescópio Espacial (STScI), o centro da missão e de operações científicas da missão do telescópio. Depois, os cientistas traduzem aquelas informações em imagens.

O NIRCam tem três filtros de luz infravermelha especiais, que destacam os detalhes do planeta. Mas a luz infravermelha é invisível para os olhos humanos, e precisou ser mapeada para o espectro visível — é aqui que entra o trabalho de Schmidt, que colaborou com os cientistas para traduzir os dados do telescópio nas fotos fascinantes que você viu acima. Ela processa imagens há uma década, e já trabalhou com imagens do telescópio Hubble e de outros observatórios.

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O telescópio James Webb é uma missão internacional liderada pela NASA, junto dos parceiros Agência Espacial Europeia e a agência espacial canadense (CSA). Os astrônomos esperam usar o novo observatório para investigar as tempestades de Júpiter e algumas de suas luas, como Ganimedes e Io, além de procurar novos satélites naturais escondidos em meio aos anéis do planeta.

Fonte: NASA, University of California, Berkeley