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ISS pode ser aposentada em 2030 sem estações comerciais prontas

Por| Editado por Patricia Gnipper | 28 de Novembro de 2023 às 12h17

NASA
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Talvez demore um pouco até que as estações espaciais comerciais iniciem as atividades após o fim da Estação Espacial Internacional (ISS) — e, para a NASA, tal lacuna não é um problema tão preocupante. Segundo Phil McAlister, diretor da divisão espacial comercial na agência, a prioridade atual é a segurança.

Em uma reunião, ele explicou que a NASA não vai abrir mão da segurança para cumprir um cronograma após as lições aprendidas no Commercial Crew, iniciativa através da qual a agência fecha parcerias com empresas para levar seus astronautas à ISS. “É um risco de cronograma, e estamos fazendo algumas ações para reduzi-lo”, explicou.

Uma delas é trabalhar com várias empresas. No momento, a Axiom Space, Blue Origin e Voyager Space já fecharam acordos com a NASA, voltados para apoiar o desenvolvimento inicial de suas respectivas estações. “Não depender de uma só provedora realmente aumenta a probabilidade de que alguém vai estar pronto a tempo”, disse ele.

A NASA está se preparando para o fim da Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/Oleg Novitskiy/Roscosmos)
A NASA está se preparando para o fim da Estação Espacial Internacional (Imagem: Reprodução/Oleg Novitskiy/Roscosmos)

Tais medidas são necessárias porque Bill Nelson, administrador da NASA, anunciou no ano passado que as atividades da ISS seriam estendidas até 2030; depois, começa uma etapa de transição do trabalho desenvolvido no laboratório orbital para as estações espaciais comerciais, que ainda vão ser desenvolvidas.

Por isso, a NASA considera também a possibilidade de estender as operações da ISS para além de 2030. A decisão vai depender da situação do laboratório orbital e dos parceiros do programa, mas Ken Bowersox, administrador associado de operações espaciais na agência, observou que o fim da ISS em 2030 “não é obrigatório”

Posteriormente, ele reforçou que a NASA segue planejando aposentar a ISS em 2030, mas que se prepara para outros cenários como uma forma de garantir a continuidade das pesquisas na órbita baixa da Terra. Entretanto, McAlister observou que até este objetivo pode ser revisto, caso haja necessidade.

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Segundo ele, “se todas as mitigações falharem, teríamos uma lacuna temporária na órbita baixa da Terra”. Ele acrescentou que, claro, o impacto não é o cenário ideal, mas acredita que a recuperação dos seus efeitos é possível principalmente a curto prazo, e que os voos feitos com veículos comerciais podem ajudar a reduzi-lo.

Fonte: Via: SpaceNews