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Cientistas descobrem como krills conseguem se guiar pela luz mesmo com pouco sol

Por| Editado por Luciana Zaramela | 20 de Outubro de 2021 às 18h04

Sophie Webb/NOAA
Sophie Webb/NOAA
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Nas profundezas do mar do Pólo Norte, onde há escuridão total, vive uma criatura chamada krill antártico. Muitos animais sincronizam seus relógios biológicos com o ritmo diário do sol, mas os krills precisam se adaptar com o que têm, uma vez que, onde vivem, o sol nunca se ergue até o topo do horizonte.

Para tentar descobrir como funciona a dinâmica dessas criaturas, que são como pequenos camarões, uma equipe de pesquisadores liderada por Jonathan Cohen, da Universidade de Delaware, conduziu uma investigação científica. Com isso, os cientistas descobriram que o krill ártico é capaz de detectar pequenas mudanças na intensidade da luz durante os dias de inverno, criando uma rotina para seus relógios biológicos.

Cientistas descobrem como krills conseguem se guiar pela luz mesmo com pouco sol
Svalbard, no Oceano Ártico (Imagem: Reprodução/Einar Storsul/Pixabay 

A pesquisa foi feita no arquipélago de Svalbard, no Oceano Ártico, através da medição da intensidade da luz do meio-dia durante os meses de inverno. A luz vinha de um observatório de luz em terra, além de um navio de pesquisa marinha, e os pesquisadores também usaram gravações acústicas subaquáticas para monitorar as migrações diárias dos krills.

A disponibilidade diária de luz era somente duas vezes maior ao meio-dia do que à meia-noite durante o inverno, enquanto no outono e na primavera é sete vezes maior. Mesmo com a luz mais fraca, o krill apresentou um ritmo circadiano potente, migrando para a superfície para se alimentar durante o período da noite e voltando à escuridão das profundezas durante o crepúsculo do meio-dia.

Para chegar nessas respostas, os pesquisadores contaram com a ajuda de uma técnica conhecida como eletrorretinograma extracelular, que fez a medição da sensibilidade visual do krill em laboratório. Foi descoberto, portanto, que o crustáceo era mais sensível à luz durante a noite do que durante o dia, sincronizando seus relógios biológicos com pequenas variações de luz externas.

O estudo foi publicado na revista científica PLOS Biology.

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Fonte: Popular Science