Aquecimento do oceano pode levar espécies marinhas à extinção em massa
Por Natalie Rosa • Editado por Jones Oliveira |
O aquecimento da Terra está a cada vez mais preocupante, com as mudanças climáticas trazendo diversas consequências para vidas humanas e animais. A descoberta mais recente, segundo um estudo publicado na revista científica PNAS, prevê um cenário grave que pode levar à extinção em massa de animais marinhos.
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O estudo, realizado por pesquisadores da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, e da Universidade de Queensland, na Austrália, revela que o oceano que cerca o equador se tornou tão quente que já é impossível para espécies marinhas sobreviverem, fazendo com que elas saiam em busca de águas mais frias. Essa mudança, no entanto, pode causar um desequilíbrio dos ecossistemas marinhos, o mesmo que aconteceu há 252 milhões de anos e extinguiu 90% das espécies de animais que vivem no mar.
Os pesquisadores rastrearam cerca de 49 mil espécies de animais para descobrir seus destinos, mostrando uma quantidade alta de espécies que estão fugindo do equador rumo a qualquer direção. Ao encontrar novas regiões para morar, esses animais irão competir com os que já habitam esses locais por comida e outros recursos, provocando a morte e desaparecimento de muitas criaturas.
O desequilíbrio vai afetar não só a biodiversidade e a saúde ecológica da Terra, como também prejudicar as comunidades de pessoas que dependem das espécies nativas para o sustento ou alimentação. A solução, segundo os cientistas, seria a redução agressiva das emissões de gases de efeito estufa e investir na proteção da biodiversidade, o que minimizaria os impactos.
A Organização das Nações Unidas já está atuando na preservação dos oceanos, e atualmente 2.7% dos mares estão garantidos através de reservas de proteção. A meta, até 2030, é que um grupo de 41 países consigam proteger 30% dos oceanos. Isso significa minimizar ou remover a pesca em reservas que podem destruir os habitats e liberar dióxido de carbono na atmosfera.
Fonte: Futurism via The Conversation