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Veja como a Siri funcionaria se contasse com a inteligência do ChatGPT

Por| Editado por Douglas Ciriaco | 23 de Janeiro de 2023 às 12h32

Divulgação/Apple
Divulgação/Apple
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Um desenvolvedor conseguiu colocar a Siri para funcionar com o poder do ChatGPT, a inteligência artificial que impressionou a internet recentemente. Em vídeo, o programador Mate Marschalko demonstrou como a assistente virtual da Apple funciona quando alimentada com tecnologia GPT-3.

A exibição de Marschalko mostra uma assistente virtual capaz de interpretar interações por voz bem mais naturais (e, por consequência, mais complexas). O desenvolvedor consegue se comunicar sem tantas amarras aos comandos tradicionais, como “acenda a luz”, “marque um lembrete”, “me recomenda filmes”, podendo apenas bater um papo com a Siri.

As respostas da assistente da Apple são igualmente interessantes e naturais, inclusive. O assistente consegue interpretar a vontade do usuário a partir de deduções, como num momento em que Marschalko diz “Notei agora que estou gravando esse vídeo no escuro e no escritório, você pode fazer alguma coisa sobre isso?”, acendendo as luzes do cômodo de pronto.

Todo o processo de integração da Siri com o GPT-3 foi descrito no blog pessoal de Marschalko. O desenvolvedor usou as capacidades da inteligência artificial para desenvolver a integração com base nos princípios de uma assistente virtual capaz de gerenciar uma smart home (interações, formato do retorno das respostas e outras propriedades) e colocou essa estrutura para funcionar.

O projeto, porém, é claramente um protótipo com suas limitações. Como ele mesmo ressalta, cada chamada de API do GPT-3 (comandos, neste caso) custam US$ 0,014, o que pode ficar bem caro caso ele use a Siri com inteligência artificial diariamente. A edição do vídeo também pode ter escondido algumas das falhas do bot, demoras nas respostas ou interações sem contexto.

Como assistentes virtuais devem funcionar?

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A ideia de Marshchalko certamente não foi inédita, mas levanta questionamentos importantes sobre o uso de uma assistente virtual. Você prefere um assistente capaz de interpretar falas de forma minuciosa ou um mecanismo que aceita comandos de voz objetivos e sucintos?

Cada um dos formatos oferece vantagens e desvantagens, como o conforto do usuário em saber que existe um mecanismo de IA super inteligente dentro da própria casa, ou estar restrito aos comandos mais básicos.

De toda forma, a flexibilidade introduzida pela IA torna a assistente virtual bem mais interessante para o dia a dia. Por exemplo, o usuário não precisaria se prender a determinadas palavras-chave para acionar comandos específicos ou, quando necessário, poderia utilizar as capacidades de pesquisa do assistente para ter respostas completas sobre temas complexos.

IAs domésticas têm seus perigos

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Uma assistente virtual trabalha com uma lista limitada de ações baseadas em entradas do usuário. Tal restrição na quantidade interações possíveis tem seu valor: o programa serve para ajudar no dia a dia e gerenciar a casa, nada além disso.

Uma inteligência artificial como o GPT não é limitada dessa forma e a infinidade de respostas possíveis pode tanto interferir na finalidade da assistente como ter consequências desagradáveis: embora tenha mecanismos de bloqueio, uma IA como a GPT pode interagir de forma racista, misógina ou fornecer informações detalhadas sobre “como construir uma bomba”, por exemplo, mesmo que indiretamente.