EUA trabalham em estrada que carrega carros elétricos
Por Paulo Amaral • Editado por Jones Oliveira |
A Universidade Purdue e o Departamento de Transporte de Indiana, cidade dos Estados Unidos, estão trabalhando no desenvolvimento de um sistema que permitirá que os carros e demais veículos elétricos recarreguem suas baterias enquanto rodam.
O experimento teve início no último dia 1º de abril (e não, não é mentira, antes que alguém pergunte). Ele consiste em um sistema de carregamento sem fio que levará energia ao sistema de baterias de carros e caminhões elétricos enquanto eles estiverem se movendo em determinado trecho da via.
“Se você tem um celular e o coloca em um carregador, existem os chamados campos magnéticos que saem do carregador para o telefone. Estamos fazendo algo semelhante. A única coisa diferente é que os níveis de potência são mais altos e você percorre uma grande distância da estrada até o veículo”, explicou o pesquisador da Universidade de Purdue, o professor Steven Pekarek.
Segundo Pekarek, essa parte do complexo sistema, na verdade, “é bem simples”. O professor brincou e afirmou que “as partes complicadas estão nas mãos dos fabricantes de veículos”.
Uso de bobinas é o segredo
Carregar os carros, caminhões e outros veículos elétricos enquanto eles rodam pela via não é mágica, e sim ciência. E o “coelho na cartola”, ou melhor, o segredo da tecnologia que, se for expandida, poderá revolucionar o segmento, está no uso de bobinas gigantes.
As bobinas oferecerão cargas em uma faixa entre 50 e 350 quilowatts, inicialmente em um trecho de 400 metros de extensão da rodovia US 231/US 52, localizada entre a Cumberland Avenue e a Lindberg Road, em West Lafayette, em Indiana.
A construção do trecho de teste deverá estar pronta apenas em 2025 e, segundo Joe McGuinness, comissário da agência de transportes do estado, poderá ser um divisor de águas, pois, “à medida que os veículos elétricos se tornam mais amplamente utilizados, a procura por infraestruturas de carregamento convenientes continua a crescer, portanto, a necessidade de inovar é clara".