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CEO da Harley-Davidson diz que eletrificação total é “caminho natural”

Por| Editado por Jones Oliveira | 24 de Janeiro de 2023 às 13h00

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(Imagem: Divulgação/Harley-Davidson)
(Imagem: Divulgação/Harley-Davidson)

A Harley-Davidson já lançou alguns modelos de motos elétricas no mercado e, no futuro, seguirá a tendência adotada por outras montadoras para se tornar uma fabricante de veículos 100% não-poluentes. A afirmação foi do próprio CEO da empresa, Jochen Zeitz, em entrevista para a Revista Dezeen.

A transição, porém, não será tão rápida, e poderá levar décadas, de acordo com o executivo. Segundo Zeitz, isso não é algo que pode ser feito do dia para a noite, mas faz parte de um processo de evolução que o mundo todo está abraçando.

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“Se você olhar para os últimos 120 anos, a empresa sempre evoluiu, nunca parou. O que estamos fazendo é celebrar nosso passado, mas também evoluir a marca ao mesmo tempo. É o caminho natural, uma evolução que precisa acontecer”.

Harley quer “ampliar os horizontes”

O CEO da Harley não está preocupado com as possíveis críticas dos fãs que amam a marca tanto por sua tradição quanto pelo inconfundível ronco do motor — ponto que desaparecerá quando a conversão para a eletrificação estiver 100% completa. Para o executivo, foi isso o que os antecessores fizeram ao criar algo único, e é o que a marca tentará fazer agora.

“Estamos visando diferentes perfis de consumidores. Você tem o cliente principal tradicional, mas tem um cliente principal contemporâneo, tem sonhadores que aspiram pedalar ou podem apenas sonhar com a marca”, argumentou.

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A Harley também tem expandido os horizontes para outros mercados, como a criação de uma grife própria de roupa. E isso também foi usado por Zeitz para justificar sua decisão de transformar a centenária montadora em uma fabricante de motos 100% elétricas no futuro.

“A marca não é apenas inspiradora para quem compra motocicletas, é inspiradora para outros, e é por isso que estamos fazendo um esforço tão grande em roupas e acessórios para realmente levar a marca a bases de clientes mais amplas, clientes que podem ou pode não dar certo um dia”, concluiu.